EMPREENDER E ATUAR: RODRIGO PANDOLFO
COM A FAMÍLIA, ELECONCILIA CARREIRAS NA PRAIA, NOS PALCOS E NA TV
Três origens diferentes que se encontraram em um paraíso em Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte. Na Argentina, Rodrigo Pandolfo (36) ligou para o irmão, Eric (25), que estava no Paraná, para se encontrarem com a mãe, Lucia (59), cuja viagem pelo Nordeste brasileiro estava em curso. “Minha quarentena tem sido bem única. Diante do caos, da paralisação geral, eu e minha família conseguimos nos reinventar de maneira extraordinária. A minha mãe se encantou pelo Nordeste, durante a viagem
“Minha quarentena tem sido única. Dias de caos e dias de muita felicidade.”
que fez com algumas amigas, e queria abrir um bar com elas por lá. Algumas desistiram e eu tive a ideia de me juntar com meu irmão para dar início a esse sonho”, revela o ator e, agora, também empresário.
A jornada para colocar a Barraca Pandoka em funcionamento foi repleta de desafios, como convivência familiar e, claro, a pandemia de Covid-19. “No espaço de uma semana, já tínhamos comprado passagem e feito um roteiro com algumas cidades que gostaríamos de conhecer no Nordeste, cuja primeira
parada era em Cumbuco, no Ceará. Poucos dias depois de chegarmos, a pandemia eclodiu, o que nos obrigou a ficar isolados por lá até abrirem as fronteiras”, relembra Rodrigo, que classifica esse período como um momento muito particular de convivência em família. “Quando partimos para Tibau do Sul, a badalada Praia da Pipa era um dos destinos mais esperados do nosso roteiro. Fomos visitar uma casa na Praia de Tibau do Sul, a cerca de 7 km de Pipa, e nos apaixonamos por aquela pequena orla com visual deslumbrante e charme único.”
Ali, o trio pediu ao universo um desejo, o de abrir um negócio, e rapidamente foi atendido. “Inacreditavelmente, após uma semana, a dona da casa nos ligou dizendo que havia uma barraca para alugar na orla de Tibau. Foi assim, confiando nos sinais divinos, que alugamos a casa, a barraca e começamos a projetar o que viria a ser a Barraca Pandoka”, conta ele, que
“Passei por alguns dias de grande ansiedade na pandemia.”
está se dividindo entre os negócios e o ofício de ator. “Como somos três sócios, minha mãe e meu irmão ficam em Tibau, administrando a Pandoka de perto, enquanto eu vou e volto, de acordo com os trabalhos de ator. Mas sempre conectado com eles, resolvendo o que eu consigo de longe”, diz ele, que está ensaiando duas peças, a Alaska, que assina a direção e estreia no Youtube no final de novembro, e Heróis, em que estará no palco como um jovem artista que é enviado para a Guerra das Malvinas e volta absolutamente transformado por conta do pós-guerra. “Aprendo muito como ator, sendo diretor e vice-versa. O dirigir é um processo bem diferente e muito gratificante. Na atuação, o criar mexe com a nossa emoção de maneira direta, íntima. Conciliar os dois está sendo o melhor dos mundos, pois consigo ter respiro entre eles”, explica Rodrigo.
Aliás, trabalho no palco e nas telinhas é o que não falta. O ator estará nas gravações da série originada dos filmes de sucesso Minha Mãe É uma Peça, para o Globoplay, ao lado do ator Paulo Gustavo (42). Sem contar uma participação para uma série da Amazon Prime Video. “A saúde mental precisa estar em dia para dar conta de tudo isso. Tenho a impressão de que a pandemia tem funcionado como uma lente de aumento em cima dos nossos maiores defeitos e das nossas maiores qualidades. Quem está trabalhando no caminho do autoconhecimento está, certamente, evoluindo para melhor”, finaliza ele. O
“A pandemia tem funcionado como uma lente de aumento dos defeitos e qualidades.”