Ozonioterapia como complemento nos tratamentos do coronavírus
O ozônio possui propriedades biológicas comprovadas que permitem o seu uso como terapia complementar nas diferentes fases da infecção provocada pela Covid-19. Essa molécula tem a capacidade de inativar o vírus por diversos mecanismos de ação, podendo reduzir a inflamação e melhorar o sistema imunológico dos pacientes atingidos durante essa longa pandemia.
Osurgimento da Covid-19 se tornou uma grande ameaça para a população global. Sabe-se que esse vírus pode causar sintomas semelhantes ao de uma virose respiratória, tais como febre, tosse seca, cansaço e, em alguns casos, pneumonia e insuficiência renal. Porém o agravamento do quadro clínico é o que mais tem preocupado a comunidade médica e os familiares daqueles que são infectados. Também sabemos que as manifestações clínicas e a gravidade da doença estão relacionadas com a saúde do indivíduo, podendo, portanto, ser um paciente assintomático, com sintomas leves ou graves. Ainda não existe um tratamento antiviral específico recomendado e as vacinas ainda estão em fase de pesquisa. Por outro lado, diversas abordagens terapêuticas têm sido propostas e utilizadas, entre elas, a tão controversa hidroxicloroquina e a ivermectina. Outra proposta para a prevenção e tratamento contra o coronavírus é o uso do gás ozônio.
Alguns especialistas da área explicam que o ozônio pode ser considerado um prómedicamento, pois ele tem a capacidade de induzir diversas ações no organismo, estimulando, inclusive, a produção de substâncias antioxidantes que inativam diferentes tipos de micro-organismos, como bactérias, fungos e algumas linhagens virais, entre elas, o coronavírus. A ação imunológica do ozônio ocorre em algumas células do sangue. Com isso, a atividade moduladora da inflamação e a melhora na oxigenação dos tecidos acontecem, ajudando a fortalecer a resposta imunológica de combate aos diversos tipos de vírus.
Na China e na Itália estão sendo realizados estudos clínicos utilizando a ozonioterapia como tratamento complementar da Covid-19. Alguns cientistas explicam que a terapia com ozônio pode ser útil para as infecções causadas pelo coronavírus em duas categorias diferentes. A primeira é a desinfecção de ambientes de superfícies. Por meio do processo de desinfecção do ambiente, ocorre a eliminação de grande parte dos microorganismos que estão presentes naquele local e que podem causar doenças. O uso do ozônio na desinfecção de ambiente e de superfície é tão eficiente que a técnica é recomendada para ser utilizada na limpeza, desinfecção e esterilização de materiais e equipamentos médicohospitalares. Existem estudos ainda que comprovaram que a desinfecção de mãos após a lavagem por 30 segundos com água ozonizada, com concentrações entre
0,4 e 0,8 ppm, tem ação semelhante à desinfecção realizada com álcool em gel.
A segunda é o uso sistêmico como composto adicional, com o objetivo de melhorar o estado de saúde do paciente infectado, a partir da redução da carga viral. Esse mecanismo de ação do ozônio já tem efeito comprovado em infecções causadas por outros tipos de vírus. Existem estudos em andamento que buscam comprovar também os benefícios da auto-hemoterapia principal e insuflação retal do tratamento da Covid-19. É evidente que novas pesquisas ainda devem ser realizadas utilizando o gás ozônio na pandemia, mas é fato que, com os resultados que os cientistas publicaram até o momento, a ozonioterapia tende a ser promissora no tratamento dessas e de outras infecções virais e bacterianas.
* Poliane Cardoso (CREFITO 109666F) é fisioterapeuta graduada pela Fac. da Saúde e Ecologia Humana e pós-grad. em Dermatologia e Estética pela Universidade Gama Filho.