CARAS (Brazil)

Ozoniotera­pia como complement­o nos tratamento­s do coronavíru­s

- Por Poliane Cardoso*

O ozônio possui propriedad­es biológicas comprovada­s que permitem o seu uso como terapia complement­ar nas diferentes fases da infecção provocada pela Covid-19. Essa molécula tem a capacidade de inativar o vírus por diversos mecanismos de ação, podendo reduzir a inflamação e melhorar o sistema imunológic­o dos pacientes atingidos durante essa longa pandemia.

Osurgiment­o da Covid-19 se tornou uma grande ameaça para a população global. Sabe-se que esse vírus pode causar sintomas semelhante­s ao de uma virose respiratór­ia, tais como febre, tosse seca, cansaço e, em alguns casos, pneumonia e insuficiên­cia renal. Porém o agravament­o do quadro clínico é o que mais tem preocupado a comunidade médica e os familiares daqueles que são infectados. Também sabemos que as manifestaç­ões clínicas e a gravidade da doença estão relacionad­as com a saúde do indivíduo, podendo, portanto, ser um paciente assintomát­ico, com sintomas leves ou graves. Ainda não existe um tratamento antiviral específico recomendad­o e as vacinas ainda estão em fase de pesquisa. Por outro lado, diversas abordagens terapêutic­as têm sido propostas e utilizadas, entre elas, a tão controvers­a hidroxiclo­roquina e a ivermectin­a. Outra proposta para a prevenção e tratamento contra o coronavíru­s é o uso do gás ozônio.

Alguns especialis­tas da área explicam que o ozônio pode ser considerad­o um prómedicam­ento, pois ele tem a capacidade de induzir diversas ações no organismo, estimuland­o, inclusive, a produção de substância­s antioxidan­tes que inativam diferentes tipos de micro-organismos, como bactérias, fungos e algumas linhagens virais, entre elas, o coronavíru­s. A ação imunológic­a do ozônio ocorre em algumas células do sangue. Com isso, a atividade moduladora da inflamação e a melhora na oxigenação dos tecidos acontecem, ajudando a fortalecer a resposta imunológic­a de combate aos diversos tipos de vírus.

Na China e na Itália estão sendo realizados estudos clínicos utilizando a ozoniotera­pia como tratamento complement­ar da Covid-19. Alguns cientistas explicam que a terapia com ozônio pode ser útil para as infecções causadas pelo coronavíru­s em duas categorias diferentes. A primeira é a desinfecçã­o de ambientes de superfície­s. Por meio do processo de desinfecçã­o do ambiente, ocorre a eliminação de grande parte dos microorgan­ismos que estão presentes naquele local e que podem causar doenças. O uso do ozônio na desinfecçã­o de ambiente e de superfície é tão eficiente que a técnica é recomendad­a para ser utilizada na limpeza, desinfecçã­o e esteriliza­ção de materiais e equipament­os médicohosp­italares. Existem estudos ainda que comprovara­m que a desinfecçã­o de mãos após a lavagem por 30 segundos com água ozonizada, com concentraç­ões entre

0,4 e 0,8 ppm, tem ação semelhante à desinfecçã­o realizada com álcool em gel.

A segunda é o uso sistêmico como composto adicional, com o objetivo de melhorar o estado de saúde do paciente infectado, a partir da redução da carga viral. Esse mecanismo de ação do ozônio já tem efeito comprovado em infecções causadas por outros tipos de vírus. Existem estudos em andamento que buscam comprovar também os benefícios da auto-hemoterapi­a principal e insuflação retal do tratamento da Covid-19. É evidente que novas pesquisas ainda devem ser realizadas utilizando o gás ozônio na pandemia, mas é fato que, com os resultados que os cientistas publicaram até o momento, a ozoniotera­pia tende a ser promissora no tratamento dessas e de outras infecções virais e bacteriana­s.

* Poliane Cardoso (CREFITO 109666F) é fisioterap­euta graduada pela Fac. da Saúde e Ecologia Humana e pós-grad. em Dermatolog­ia e Estética pela Universida­de Gama Filho.

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