A ATRIZ CARLA DIAZ ABRACA O SEU DESTINO
NO EGITO, ELA RELEMBRA O PASSADO, FALA DO PRESENTE E IDEALIZA O FUTURO
Nos últimos anos, Carla Diaz (30) enfrentou e sobreviveu a um câncer na tireoide, deu a “cara a tapa” no Big Brother Brasil, onde se expôs e foi elogiada, mas também muito criticada, e aceitou interpretar a assassina condenada
Suzane von Richthofen (37) nos filmes A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais, que estreiam em 24 de setembro no Amazon Prime Video. Mas foi no passado que ela buscou inspiração para sua última via- gem, ao Egito, onde fotografou uma coleção de lenços desenhados por ela e relembrou os seus 11 anos, quando viveu a Khadija, na novela O Clone, que volta à TV em outubro no Vale a Pena Ver de Novo. “É um lugar que tem uma energia muito forte. Não dá nem para explicar! Às vezes, a sensação que eu tinha era de estar num filme, porque é tudo tão grandioso... Amei cada minuto dessa viagem. Foi muito especial”, contou ela.
– Por que a escolha do Egito? – Sempre foi um sonho. Viajava nas aulas de História e em como seriam as pirâmides. Essa vontade ficou mais forte depois de O Clone, que abordou a cultura árabe. E com a coleção, descobrimos que a primeira mulher no mundo a usar lenços como ornamento foi a rainha Nefertiti, do Egito.
– Quais as regras para entrar no Egito por conta da covid-19?
– Fizemos um PCR no Brasil e lá, no aeroporto, outro. Você fica algumas horinhas esperando o resultado, mas é uma atitude necessária.
– De volta ao Brasil, você vai lançar os filmes. Como foi fazer uma personagem real?
– Foi um trabalho intenso que exigiu, além de muita preparação, bastante concentração e foco. Fiquei cem por cento entregue ao processo. Acredito que existe, sim, uma diferença, porque estamos retratando uma realidade, pessoas que existem... Tem um lado da criação do ator, mas tem também uma construção para trazer essa semelhança.
– Não tem medo de mudarem a imagem que têm de você, que sempre foi tão idônea?
“O Egito tem uma energia muito forte. Não dá nem para explicar.”
“Acredito que minha cota de reality show esgotou.” (risos)
– São 29 anos de carreira. Se eu não tivesse toda essa história, talvez pensasse assim. Mas o público me conhece, sabe quem eu sou... E esse é o meu ofício. As pessoas sabem diferenciar cada vez mais.
– Mexeu com seu emocional?
– Perdi muitas noites de sono. E tive muitos pesadelos. Foi um processo intenso. Parei minha vida para absorver aquela história, aquele roteiro e composição. Por mais que tentasse me desconectar, foram muitos dias envolvida.
– Saudades do BBB? Participaria de outro reality?
– Acredito que minha cota de reality show esgotou. (risos)
– Qual o saldo dessa experiência na televisão?
– O BBB me trouxe coisas maravilhosas, não posso negar, mas tiveram um custo. Nunca tive minha vida exposta desse jeito. Quando saí, fiquei bem mal. É difícil não se abalar com o que falam de você. E a galera não pegou leve. Levei um tempo para enxergar as coisas boas. Meus fãs foram fundamentais,
“Eu acredito muito no destino. O que é nosso ninguém tira.”
“Eu estou solteira. Há um bom tempo. Tenho que mudar isso...”
me abraçaram de um jeito que não tenho como explicar.
– Está namorando?
– Estou solteira. Há um bom tempo. Tenho que mudar isso...
– Qual a maior diferença da Carla de hoje para a de cinco anos atrás?
– A Carla de hoje virou empresária, junto com a minha mãe,
Mara, e minha equipe, e estou conquistando a estabilidade financeira. Trabalho há quase 30 anos e, pela primeira vez, estou conseguindo criar essa reserva para me dar autonomia de escolher o que quero fazer. Artisticamente falando, nesses últimos anos, ganhei personagens que me desafiaram cada vez mais. Descobri junto com eles outras Carlas em mim, passeando por emoções e novas criações.
– Você conhece a cultura árabe. Qual provérbio a define?
– Com certeza, Maktub, que significa ‘destino’ ou ‘já estava escrito’. Eu acredito muito nisso. As coisas acontecem na hora certa. E o que é nosso ninguém tira. Inshalá (se Deus quiser). O