GOIABA BRANCA
Planta rústica que se dá melhor em clima quente e com incidência de muita chuva, suportando até pequenas geadas, a goiabeira (psidium guajava) pertence à família das mirtáceas. A árvore pode alcançar 10 metros de altura e produz frutos com diâmetros de 5 a 8 centímetros, esféricos ou ovalados, brancos ou até vermelhos, dependendo da variedade. Planta originária da chamada América Tropical, os primeiros indícios de um cultivo da goiaba aparecem no México, já na Era Cristã. Os nativos a chamavam de
“xalxocotl ”, que quer dizer fruta arenosa. Levada pelos espanhóis e portugueses para as Filipinas e a região costeira da Índia, espalhou-se e hoje é comum em todo o trópico americano, na Austrália, na Índia e na África. O Brasil é um dos principais produtores mundiais de goiaba branca, preferida por apresentar uma vida pós-colheita mais longa, perfume discreto e um sabor delicado — na Europa, a fruta tem status muito sofisticado. França, Alemanha, Holanda, Grã-bretanha, Dinamarca, Canadá e a Suécia são os maiores importadores. As principais variedades cultivadas são: white selection of Florida, com frutos arredondados e peso entre 125 a 240 gramas; as pentecostes, frutos piriformes, cerca de 2´00 gramas; ogawa branca, com frutos ovalados de polpa espessa, mais doce e de grande tamanho, peso entre 300 a 700 gramas; e
kumagai, um cruzamento da goiaba australiana com a brasileira comum, de frutos grandes, piriformes, polpa consistente, com poucas sementes e peso entre 400 e 500 gramas. Na cozinha, ainda que perca da goiaba vermelha no quesito cor, a branca é usada nos mesmos preparados: geleia, compota, sorvete, tortas, bolos, musses. Em pratos salgados, compõe saladas, molhos agridoces e acompanhamentos.
Receitas, produção e food style: Maria Luiza Ferrari e Maria Clara Ferrari (assistente de produção). Pesquisa de texto e informações nutricionais: Neide Rigo, nutricionista.