NA CASA BRANCA, JOE BIDEN E ABDULLAH II REFORÇAM LAÇOS
RAINHA RANIA, DA JORDÂNIA, ROUBA A CENA E FAZ APELO POR FIM DA GUERRA ENTRE ISRAEL E PALESTINA
Opresidente dos EUA, Joe Biden (81), abriu as portas da Casa Branca, em Washington, para receber o rei Abdullah II (62), da Jordânia, durante viagem oficial do monarca ao país. Na pauta do encontro, o conflito entre Israel e Palestina foi destaque. “Cada vida inocente perdida em Gaza é uma tragédia. Os elementos-chave do acordo estão sobre a mesa, embora ainda existam lacunas. Nós faremos todo o possível para que um acordo aconteça”, frisou o norte-americano. “Precisamos de um cessar-fogo duradouro agora. Esta guerra deve acabar. O mundo não pode permitir um ataque israelense a Rafah, pois é certo que produzirá outra catástrofe humanitária”, reforçou o soberano.
Relações bilaterais à parte, quem roubou a cena foi a rainha Rania (53) e a primeira-dama norte-americana, Jill Biden (72). A dupla se mostrou íntima, afinal, não é a primeira vez que elas se encontram. Sempre elegante, a nobre, que é de origem Palestina, não deixou de dar sua opinião sobre a guerra. “Deixe-me ser muito, muito clara. Ser pró-palestina não é ser antissemita, ser pró-palestina não significa que você é pró-hamas ou pró-terrorismo.
“Cada vida inocente que é perdida em Gaza é uma tragédia. Faremos tudo por um acordo.” (Joe)
“Eu quero condenar absolutamente e sinceramente o antissemitismo.” (Rania)
O que temos visto nos últimos anos é a acusação de antissemitismo ser usada como arma para silenciar qualquer crítica a Israel”, já disse ela, uma pioneira em dar voz às mulheres dentro do islamismo. “Quero condenar absoluta e sinceramente o antissemitismo e a islamofobia… mas também quero lembrar a todos que Israel não representa todo o povo judeu no mundo. Israel é um Estado e é o único responsável pelos seus próprios crimes”, emendou ela.
À frente de seu tempo, a rainha foi um dos primeiros membros da realeza mundial a ter sua própria conta em redes sociais e se tornou símbolo de estilo por conta de sua relação estreita com o mundo da moda. “A moda é um modo de expressar a minha criatividade. Não creio que haja muitas alternativas no âmbito do meu trabalho em que eu possa fazer isso”, já disse ela, sem se deslumbrar com o status de nobreza. “Ser rainha fascina mais o público do que a mim. Eu me sinto uma pessoa normal, que vive para as pessoas que represento. É uma honra e um privilégio ter a oportunidade de contribuir para a mudança, para melhorar qualitativamente a vida das pessoas, e é minha responsabilidade tentar aproveitar ao máximo essa oportunidade”, assegurou ela, que desempenha papel fundamental no diálogo entre Ocidente e Oriente e na luta pelos Direitos Humanos.o