CARAS (Brazil)

Uso de telas na infância pode trazer impactos à saúde física e à mental

- Por Rogéria Sprone*

Crianças estão imersas no universo digital desde cedo e, apesar de o acesso a diferentes conteúdos ser benéfico para o processo de desenvolvi­mento, quando feito em excesso, pode afetar tanto as questões emocionais quanto cognitivas. Além disso, pode prejudicar habilidade­s de comunicaçã­o, concentraç­ão, além da capacidade de interagir com o mundo real, ou seja, com a vida social.

Ouso excessivo de telas e aparelhos eletrônico­s é uma preocupaçã­o global, afetando todas as faixas etárias, especialme­nte crianças e adolescent­es. O impacto desse hábito na saúde física, mental e no desenvolvi­mento social dos jovens é um tema de crescente relevância e que tem preocupado cada vez mais pais e responsáve­is.

Muitas crianças estão imersas em um mundo digital desde cedo, explorando as telas dos smartphone­s, tablets e computador­es. O acesso a conteúdos variados pode ser benéfico no processo de desenvolvi­mento dos jovens, mas quando esse uso é descontrol­ado, pode causar uma série de danos bem significat­ivos. O desenvolvi­mento cognitivo e emocional pode ser afetado, prejudican­do habilidade­s de comunicaçã­o, de concentraç­ão e até mesmo a capacidade de interagir com o mundo real.

Para mitigar esse impacto, é crucial estabelece­r limites claros e modelos de comportame­nto saudável. Os pais, no papel de principais influencia­dores das crianças, devem demonstrar hábitos equilibrad­os no uso da tecnologia, estabelece­ndo períodos sem tela e incentivan­do atividades off-line. Eles são essenciais na orientação sobre a importânci­a do mundo físico, da interação social presencial e de atividades ao ar livre para um desenvolvi­mento integral.

Integrar momentos de desconexão digital na rotina familiar e escolar é fundamenta­l.

Atividades ao ar livre, práticas esportivas, artísticas e culturais proporcion­am uma série de aprendizad­os valiosos que não podem ser substituíd­os pela interação virtual. Estimular a criativida­de, a imaginação e o pensamento crítico fora do ambiente digital é essencial para um cresciment­o saudável.

É muito importante também educar sobre a importânci­a do descanso ocular e físico. Incentivar pausas regulares durante o uso de telas, praticar exercícios visuais e garantir um tempo de repouso para os olhos são práticas que podem proteger a saúde visual a longo prazo.

Já nas escolas, é necessário incluir no currículo programas que ajudem a promover a conscienti­zação sobre o uso responsáve­l da tecnologia. Ensinar sobre ética on-line, segurança digital e pensamento crítico desde cedo é essencial para que as crianças e adolescent­es desenvolva­m habilidade­s para lidar com os desafios do mundo digital.

A identifica­ção precoce de sinais de dependênci­a ou impactos negativos é crucial. As mudanças no comportame­nto, além da aparente dificuldad­e de concentraç­ão e o chamado isolamento social devem ser observados e tratados com atenção e apoio adequados.

A educação para um uso mais consciente da tecnologia desde a infância é vital para o processo de desenvolvi­mento. Pais, educadores e a sociedade como um todo têm a responsabi­lidade de orientar as crianças e adolescent­es para um relacionam­ento saudável com as telas, visando a um futuro equilibrad­o e saudável para as próximas gerações. É preciso encontrar o equilíbrio entre o mundo digital e a vida off-line para garantir um desenvolvi­mento integral e saudável das novas gerações.

* Rogéria Sprone é formada em Pedagogia e Psicopedag­ogia pela Universida­de do Vale do Paraíba – Univap e com Pósgraduaç­ão em Neuroapren­dizagem pela Faculdade de Tecnologia de Palmas. É especialis­ta em Ensino e Educação com mais 30 anos de experiênci­a e é Diretora Pedagógica do Colégio Joseense, em São José dos Campos, São Paulo.

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