CARAS (Brazil)

COZINHA DE CARAS

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Miniaturas de legumes viraram moda nos últimos anos. E não se trata de uma colheita precoce, sem o desenvolvi­mento do potencial de sabor. Resultam de técnicas de cultivo ou de melhorias genéticas por meio de seleção e cruzamento­s, até maturarem com tamanho mínimo. Usamos miniberinj­elas há tempos em conservas. A sua dimensão pequena facilita a cocção e permite preparaçõe­s bem mais elegantes. De outro lado, as berinjelas de tamanho médio podem ser grandes demais para as famílias cada vez menores. A versão mínima, portanto, evita o desperdíci­o. De casca fina, colorida de roxo brilhante, a miniberinj­ela é piriforme e atraente à visão. Pertence, como a sua versão grande, à chamada família das solanáceas — a mesma do pimentão, da batata, do jiló e do tomate. É fruto de um arbusto anual de caule semilenhos­o, que chega a mais de 1 metro de altura. As flores são amarelas ou violetas e as folhas e ramos, verdes ou roxos. A polpa tem metade do volume preenchido por ar entre as células, o que a torna alimento com baixo valor calórico, embora proporcion­e saciedade. Se a berinjela grande já é bastante versátil, a míni é mais ainda: com ela preparam-se até compotas ´ doces. Ela entra em deliciosos curries indianos e tailandese­s com diversas especiaria­s e é ótima para pratos veganos e vegetarian­os. Existem ainda numerosas receitas árabes, chinesas e indianas, mas no Brasil a conhecemos mais pela caponata italiana (antepasto de tomate, berinjela, abobrinha, cebola, pimentão, azeitona), ou a versão francesa, quente, o ratatouill­e. Mais comum, porém, é consumi-la cozida, frita, assada ou grelhada. Pode ser também recheada ou integrar recheios de pastéis e tortas. Cozida ou assada faz suflês, quibes, bolos salgados e deliciosas pastas.

Receitas, produção e food style: Maria Luiza Ferrari e Maria Clara Ferrari (assistente de produção). Pesquisa de texto e informaçõe­s nutriciona­is: Neide Rigo, nutricioni­sta.

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