DE OLHO NOS FARÓIS
Aprincípio, verificar a eficiência e realizar a troca das lâmpadas dos faróis de um automóvel pode até parecer uma tarefa bastante simples. Afinal, basta acender o farol. Se a lâmpada iluminar, está funcionando. Caso contrário, basta substituí-la por uma nova, certo? “Mais ou menos”, alerta o engenheiro mecânico Walter Abramides, proprietário da oficina paulistana Garage Web. “O simples fato de a lâmpada iluminar não significa que o farol esteja atuando corretamente. É preciso ficar atento a alguns detalhes, que vão da regulagem ao tipo correto da lâmpada utilizada”, detalha o especialista.
No caso do Fusca nacional, por exemplo, houve mudanças de especificações em três períodos distintos. De 1950 a 1967, o besouro utilizou as lentes “deitadas”, popularmente conhecidas como “olho de boi”, além de lâmpadas assimétricas de 6 volts (lembrando que, de 1959 a 1962, existiram ainda versões equipadas com faróis tipo “Sealed Beam”, unidades seladas, os quais não se troca somente a lâmpada, mas todo o conjunto óptico). Em meados de 1967, as lâmpadas passaram a 12 volts, mas as lentes dos faróis permaneceram “deitadas” – “olho de boi” – até o final de 1972. Em 1973, as lentes dos faróis diminuíram e passaram a ser verticais, “de pé”, porém com o vidro curvo – mantido até o final de 1975.
De 1976 em diante, até o final da produção da série “Itamar”, o Fusca nacional passou a sair de fábrica com lentes verticais de vidro plano. Além disso, a partir de 1974, o besouro também ganhou a opção de lâmpadas bi-iodo. “É fundamental observar essas características na hora de substituir uma lâmpada queimada. Caso contrário, o farol pode até iluminar, mas certamente não oferecerá o foco correto previsto pelas ranhuras daquela lente”, destaca Abramides, que ensina a seguir o passo a passo de como substituir uma lâmpada queimada no besouro.