FILTRO DE AR
Como o próprio nome já diz, a função do filtro de ar é barrar a poeira presente na atmosfera, evitando que sujeiras passem pelo carburador e cheguem ao interior dos cilindros misturadas com o combustível, o que pode provocar danos. Nos Fuscas mais antigos, o filtro de ar atuava pelo sistema popularmente definido como “banhado” a óleo. Ou seja, o ar entrava no interior do filtro e passava pelo óleo presente em seu interior, que desempenhava o papel de reter quaisquer impurezas e/ou partículas de poeira. Até por isso, a fábrica chegava a recomendar a manutenção do filtro e a substituição do óleo diariamente para o caso dos veículos que trafegavam por estradas de terra – bastante comuns no interior do Brasil naqueles primeiros anos de produção do Fusca por aqui. Atualmente, esta regra foi afrouxada: “Hoje, para os modelos que circulam apenas nas cidades, essa troca pode ser estendida a cada 5 mil quilômetros, mesma ocasião em que também é recomendada a substituição do óleo do motor”, afirma o engenheiro mecânico Walter Abramides, da oficina paulistana Garage Web. Segundo o especialista, sintomas como “engasgos”, aumento no consumo de combustível e fumaça preta saindo pelos escapamentos também são indícios de que é preciso trocar o óleo do filtro de ar. O sistema de filtro banhado em óleo foi utilizado no motor VW a ar até meados dos anos setenta. O primeiro Fusca nacional a sair de fábrica com filtro “seco”, dotado de um elemento filtrante de papel (que prorrogou a manutenção para até 20 mil km), foi o Super Fuscão 1600-S, lançado em 1974, que também marcou a estreia da dupla carburação. A partir de julho de 1975, entretanto, o filtro de ar “seco” foi estendido a toda linha do besouro nacional, inclusive nos motores de 1.300 cm³.
Besouros que circulam apenas na cidade podem estender a troca do óleo a cada 5 mil km. Em casos extremos, a troca é diária!