Carros Clássicos (Brazil)

EXPULSÃO DA PASTILHA

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Um conhecido problema dos primeiros Opalas só foi corrigido no modelo 1975: a flexão da ponta de eixo na sua fixação na manga, provocado por mau dimensiona­mento. Essa movimentaç­ão causava o que se chama de “expulsão da pastilha de freio”. Como o disco gira em torno da ponta de eixo, apoiado nos rolamentos, enquanto a pinça é fixada em outro ponto da manga-de-eixo, o disco podia se mexer lateralmen­te. O deslocamen­to, embora pequeno, era o suficiente para afastar as pastilhas do disco. A flexão ocorria nas curvas, devido ao esforço sobre a suspensão. Não trazia problemas para a dirigibili­dade, mas deixava o carro com pouco ou nenhum freio na dianteira, uma situação perigosa e desconcert­ante, principalm­ente porque o motorista só percebia a falta de freio quando precisava dele. O pedal baixava muito. Porém se fosse acionado uma ou duas vezes, as pastilhas voltavam à posição orreta e o freio voltava ao normal. Com a nova manga de eixo, o problema desaparece­u totalmente. Esse problema, inclusive, levava os pilotos de Opala a “bombear” o freio após cada curva, durante as corridas, para se assegurare­m de que teriam freio para a próxima. A ação era visível pelas luzes de freio acendendo em plena reta (Bob Sharp).

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