DISPUTA ACIRRADA
Em 1972 o mercado brasileiro de veículos de luxo era disputado por modelos como FNM 2150, Chevrolet Opala Gran Luxo, Ford Galaxie 500 e LTD Landau. A Chrysler também concorria neste segmento de “carros de representação” com o Dart, cujo preço era competitivo. Em outubro daquele ano, enquanto o Opala Gran Luxo na versão de quatro portas de seis cilindros era vendido por Cr$ 31 mil, o Galaxie 500 saía por Cr$ 52 mil e o LTD completo, com câmbio automático, chegava aos Cr$ 67,4 mil. Já o Dart básico, sem opcionais, custava Cr$ 39,9 mil.
Mas o modelo da Chrysler também tinha como opcionais o teto de vinil, ar-condicionado, direção assistida hidráulica, freios dianteiros a disco, servofreio, luzes de emergência e pintura
metálica. Com todos estes equipamentos o preço do Dart superava o do Galaxie 500, mas ainda ficava bem abaixo do LTD, sendo que o modelo da Chrysler tinha a vantagem do motor mais potente, superior aos utilizados nos modelos da Ford e Chevrolet. Estes, porém, tinham suspensão mais confortável, além de detalhes de acabamento mais requintados.
Ao lançar o Gran Sedan e o Gran
Coupé, a Chrysler procurava corrigir esta deficiência, apesar de manter sua política de oferecer praticamente todos os equipamentos como opcionais. Assim, em maio de 1973, enquanto as duas versões básicas do modelo da Chrysler custavam igualmente Cr$ 42,5 mil, e as do Opala Gran Luxo 4100 de quatro e duas portas, respectivamente Cr$ 38,9 e Cr$ 39,5 mil, o Galaxie 500 era oferecido por Cr$ 54,8 mil e o LTD Landau, com ar-condicionado
e câmbio automático, custava Cr$ 70,9 mil.
Já em setembro de 1977, devido à inflação da época, o Gran Sedan era oferecido por Cr$ 150,5 mil, contra Cr$ 138,3 mil do Opala Comodoro 4100, Cr$ 162 mil do Alfa Romeo 2300 B, Cr$ 184,3 mil do Galaxie 500, Cr$ 197,7 mil do LTD, Cr$ 214,5 mil do Landau e Cr$ 215 mil do Alfa Romeo 2300 ti, que era o mais caro modelo de luxo do mercado nacional. O Gran Sedan foi produzido sem maiores alterações até o fim de 1978.