Carros Clássicos (Brazil)

O PRIMEIRO LANCE FOI DA VW

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Por sinal, um VW Karmann-ghia tendo ao lado uma bem vestida modelo foi a capa da primeira edição da revista Quatro Rodas, lançada em agosto de 1960. Isso fez alimentar a especulaçã­o de que seria o primeiro esportivo fabricado no Brasil. A modelo era brasileira, mas o modelo era alemão, fabricado pela indústria de carroçaria­s Karmann, que havia encomendad­o o projeto de desenho ao estúdio Ghia, de Turim, na época liderado pelo estilista Luigi Segre. Este, por coincidênc­ia, tinha um irmão radicado no Brasil. O Karmann-ghia foi lançado na Europa em 1955.

Mas, se foi fácil despertar o desejo dos brasileiro­s, o mesmo não ocorreu no que se referiu a convencer os alemães da VW e da própria Karmann a produzir o modelo no Brasil. Um mercado ainda em formação, sem escala de produção e num país pobre. Somente a incrível confiança da Schultz-wenk no futuro do mercado brasileiro

convenceu a Karmann a construir uma unidade aqui com a finalidade básica de produzir ferramenta­s não só para a própria Volkswagen, mas também para as outras indústrias de automóveis do País. Enquanto isto, planejava importar as carroçaria­s do esportivo prontas e montá-las nos chassis dos Fuscas já fabricados em São Bernardo do Campo, SP.

Este movimento da VW fez a Willys-overland do Brasil, então a principal fabricante daqui, contra-atacar. Com a maior linha de produtos na época, do rústico Jeep ao luxuoso Aero-willys, passando pela familiar Rural e pelo popular Renault Dauphine, a empresa apresentou no 1º Salão do Automóvel, realizado no Parque do Ibirapuera, São Paulo, em novembro de 1960, um protótipo sem capota de seu utilitário Rural. Denominado Saci, foi uma das primeiras experiênci­as de se criar um modelo nacional mais jovial, esportivo, mas que não passou de um balão de ensaio.

Vale ressaltar que na mesma edição do Salão foi apresentad­o outro modelo experiment­al construído com um novo material, composto, chamado plástico reforçado com fibra de vidro (fiberglass-reinforced plastic, FRP) que, na ocasião, teve sua denominaçã­o “abrasileir­ada” para Fibroglas, conforme destacava o material promociona­l da Dupont, empresa química que divulgava o produto já então muito utilizado, sobretudo nos Estados Unidos, inclusive na confecção da carroçaria do Corvette. Segundo consta, este modelo foi feito em cima de uma carroçaria de metal criada pelo “ateliê” Monarcha, oficina localizada no bairro da Bela Vista, em São Paulo. Por sinal, um projeto muito elegante para a época, com linhas influencia­das pelo Karmann-ghia.

O ALPINE VIRA INTERLAGOS

NO MESMO SALÃO O Brasinca (acima) e o O Brasinca (acima) e o WillysWill­ys Capeta (ao lado) foram Capeta (ao lado) foram os os destaques do Salão do destaques do Salão do Automóvel de 1964. Os dois Automóvel de 1964. Os dois tiveram origem depois que a tiveram origem depois que a Brasinca apresentou para a Brasinca apresentou para a Willys o projeto Boulevard, que Willys o projeto Boulevard, que não foi concluído. não foi concluído.

MESMO CRIADOR

O GT Malzoni, que utilizava O GT Malzoni, que utilizava mecânica do Dkw-vemag, e mecânica do Dkw-vemag, e o o FNM Onça foram projetados FNM Onça foram projetados por Rino Malzoni em sua por Rino Malzoni em sua fazenda na cidade de Matão fazenda na cidade de Matão (SP). Ambos se inspiravam em (SP). Ambos se inspiravam em linhas de modelos produzidos linhas de modelos produzidos no exterior. O desenho do Onça no exterior. O desenho do Onça foi fortemente influencia­do foi fortemente influencia­do pelo do Ford Mustang. pelo do Ford Mustang.

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