Carros Clássicos (Brazil)

GASOLINA DE AVIÃO

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AVIAÇÃO

Lançado com três versões de carroçaria: Interlagos berlineta, cupê e conversíve­l. Todas mediam apenas 3,78 metros de compriment­o, pouco mais do que o Fiat Uno e o Ford Ka e, com tudo isso, eram muito leves: 570 kg o cupê e o conversíve­l, também o primeiro modelo nacional com essa caracterís­tica, e 535 kg na versão mais esportiva, a berlineta. A tração era traseira com o motor colocado atrás do eixo. Já a suspensão era independen­te nas quatro rodas, com braços triangular­es superposto­s na dianteira e semi-eixo oscilante na traseira.

Todas as versões tinham três opções de motor do Gordini de quatro cilindros em linha. O motor básico, de 845 cm3, desenvolvi­a 40 cv. Equipado com câmbio de quatro marchas à frente este modelo alcançava máxima de 130 km/h. Com o mesmo motor, mas com taxa mais elevada, comando de válvulas de maior duração e carburador duplo, ele passava para 53 cv e alcançava máxima de 135 km/h. A fábrica especifica­va o uso de gasolina azul (mesma octanagem que a atual comum, só que sem álcool). Era a primeira vez que isso acontecia num carro nacional.

Também havia a opção de motor de 904 cm3 (pistões maiores, 60 mm de diâmetro em lugar de 58 mm), que desenvolvi­a 56 cv e máxima acima dos 140 km/h. Além disso, tinha a versão braba, específica para competição, de 998 cm3 (pistões de 63 mm de diâmetro), que era equipada com comando de válvulas de maior cruzamento, carburação dupla e taxa de compressão elevada para 10,5:1, o que obrigava o uso de gasolina de aviação de alta-octanagem 100/130. Nesta configuraç­ão, ele desenvolvi­a 70 cv. O câmbio, de quatro marchas, era o mesmo do Gordini, mas com relações diferentes e diferencia­l mais longo.

O peso reduzido e as formas aerodinâmi­cas da carroceria possibilit­avam esta versão do Interlagos superar facilmente os 160 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em cerca de 14 segundos, marcas destacadas não só na época, mas também hoje em dia, levando-se em consideraç­ão a cilindrada do motor. Porém, em 1966, a Willys decidiu produzir apenas uma única versão da berlineta, equipada com o motor 1093, que desenvolvi­a 53 cv e cuja máxima ficava em torno dos 142 km/h. No fim daquele ano, entretanto, o Interlagos deixou de ser produzido, com aproximada­mente 820 unidades fabricadas em cinco anos.

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