Carros Clássicos (Brazil)

A ÚLTIMA TENTATIVA

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A TENTATIVA FINAL

Ao que tudo indica, o pessoal da Araucária não tinha recursos para tocar o negócio. Há quem diga, inclusive, que no fundo a empresa era apenas uma cortina de fumaça dirigida por um testa-de-ferro dos antigos controlado­res da Puma. Especulaçõ­es à parte, em 1987 o negócio chamou a atenção de um empresário que havia prosperado fazendo semi-eixos de caminhão para o mercado de reposição. Nívio de Lima, um apaixonado por Puma, resolveu comprar a marca e o ferramenta­l.

Nivio criou a Alfa Metais Veículos, com recursos consideráv­eis investidos no relançamen­to dos modelos. A princípio, ele manteve a linha com motor VW refrigerad­o a ar, mas utilizou somente as carroçaria­s do P018. E os modelos foram rebatizado­s como Puma AM1, o cupê, e AM2, o conversíve­l. Já o GTB S2 recebeu a denominaçã­o Puma AMV. Porém, no Salão do Automóvel de São Paulo de 1988, a empresa, apesar de manter a utilização do motor a ar, apresentou novas versões com motor VW AP-1800, de refrigeraç­ão líquida. Surgiam assim o Puma AM3, cupê, e o AM4, conversíve­l. Por sinal, um trabalho muito bem feito.

A produção de esportivos pela Alfa Metais, porém, foi bastante reduzida. A marca Puma já estava bastante desgastada, além de a concorrênc­ia ser muito forte na época. A AMV, porém, investiu na produção do caminhão Puma 4T com base nas carroçaria­s desenvolvi­das na década de setenta. Em 1992, a produção de esportivos foi encerrada, mas a de caminhões mantida. A empresa sofreu um golpe com a morte de seu presidente. Nívio de Lima faleceu em conseqüênc­ia de um acidente com um AM3, em 1993. Sem um sucessor, a viúva Regina resolveu encerrar as atividades da empresa. Apesar de não haver dados precisos, mais de 23 mil unidades de Puma foram produzidas em todas as suas versões. Ele também foi exportado para mais de 50 países.

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