MAIS DE DEZ MIL PRODUZIDOS
O modelo foi lançado em duas versões. O SP 1, que teve poucas unidades comercializadas, tinha motor 1,6 refrigerado a ar de 54 cv. Com isto, chegava a apenas 150 km/h. Já o SP 2 tinha motor 1,7, aumento de cilindrada conseguido com pistões de 88 mm de diâmetro ante os 85,5 mm do 1,6, carcaça reforçada, circuito de lubrificação aprimorado e 8 cv a mais, alcançando a máxima de 160 km/h.
Nos dois, o motor era de construção plana, com a turbina de arrefecimento baixa, como no VW Tl/variant. Contrariamente aos concorrentes, o SP tinha carroçaria estampada em aço, produzida pela Karmann-ghia. E este era justamente o principal problema, já que era mais pesado do que o Puma, que tinha carroçaria de plástico fabricada de maneira bastante simples, mas bem mais leve.
Rapidamente, a VW entendeu que devia manter em produção apenas o SP 2, versão topo-de-linha e que tinha interior forrado em couro, enquanto no SP 1 o estofamento era de tecido. A pouca potência do motor, aliada ao peso, decepcionou muitos compradores, que logo começaram a reclamar do desempenho. Além disso, o SP era bem mais caro que seus concorrentes.
Tudo isso prejudicou as vendas do SP, principalmente se for levado em conta que no lançamento do modelo havia um grande número de interessados visitando as concessionárias. Todos queriam conhecer o SP, mas o preço elevado e o desempenho abaixo do que suas linhas sugeriam acabou abreviando seu tempo no mercado e, em 1976, deixou de ser fabricado. Mesmo assim, totalizou a produção de 10.193 unidades.
A VW chegou a cogitar o projeto do SP 3 com motor do Passat TS, mas desistiu da idéia devido aos elevados custos do projeto e à demanda restrita, conforme mostraram as pesquisas de mercado. Além disso, por ser um projeto muito mais moderno, o Passat TS foi um modelo de série esportivado que rapidamente acabou ocupando uma boa fatia do mercado, inclusive a de esportivos como o Puma.