Topografia aliada
COMO O TERRENO COM 20 M DE DESNÍVEL FOI APROVEITADO, O PROJETO GANHOU MAIS DESTAQUE E ARQUITETURA DESPOJADA
COMO QUERIA UMA CASA RÚSTICA
e com grande integração com a natureza, o proprietário foi em busca de profissionais que projetassem uma residência enxuta, sem desperdício de área e com estrutura de madeira. Para isso, contratou duas especialistas em construções com o material, as arquitetas Miriam Inoue e Elizabeth Sallai – Habitate Arquitetura em Madeira, de São Paulo, SP, também responsáveis pela construção, que durou cerca de nove meses. “O principal desafio foi vencer a topografia acidentada do terreno de 1.323 m², que tinha 20 m de desnível. E para que a casa ficasse ainda mais integrada à paisagem e vegetação nativa, foi implantada na cota mais alta do lote”, relembra Miriam.
Segundo ela, todo projeto em terreno acidentado deve ter a topografia respeitada e o arquiteto tem de tomar partido dessa característica. “Nesses casos, para iniciar o estudo da arquitetura, éprecisofazerumlevantamentoplanialtimétricoquemostrarátodas as curvas de nível. Esse trabalho é fundamental para que o projeto se acomode no terreno original, evitando cortes e muros de contenção”, explica Miriam. Com isso, o sentido das curvas de nível foi aproveitado para que a casa fosse implantada em diagonal, o que foi apropriado para que tivesse o melhor aproveitamento da insolação. “Por estar na parte mais alta do lote, evitamos ter de realizar o corte de árvores para criar aberturas para a passagem do sol”, completa a profissional.