Canais de Santos
Não há espaço urbano se não houver a condição primária de erguer construções em locais salubres. No caso de Santos, em especial, obras de urbanização e sanitárias foram fundamentais para a expansão da área urbana em sua parte insular. Antes, o porto de Santos era chamado Porto Maldito, pois, com inúmeros córregos entrecortando suas terras, mais as marés cheias, a cidade estava em meio a um pântano infestado de doenças como a febre amarela, que chegou a dizimar cerca de 6.400 pessoas (metade da população da época), entre 1880 e 1890. Então, o sanitarista Saturnino de Brito executou, a duras penas, uma obra eficaz e definitiva no saneamento da cidade, implantando um projeto inovador que consistia numa grande teia de execuções que originou os canais de Santos e a Ponte Pênsil, em São Vicente. Hoje, além de absorver as aguas das marés altas, os canais se transformaram em ponto de referência para os moradores, que por eles se orientam em seus deslocamentos, e marcos para os atletas que calculam a distância percorrida entre eles.