Cidade e Cultura

Cultura 4X4

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Pelos locais chamados “sertões”, em algumas cidades do Litoral Paulista, encontramo­s muitas trilhas de terra que fazem delirar os amantes da lama. Seja com quatro ou com duas rodas, as condições da pista podem ficar bem ruins e obstáculos irão surgir aos montes. Mas isso é o legal, o bom das viagens, que reúnem amigos aventureir­os dispostos a tudo pelo fato de pilotar suas máquinas poderosas em meio à natureza.

Conversamo­s com Patrícia de Campos, fera nesse esporte, que nos dá algumas dicas interessan­tes sobre trilhas.

Patrícia: Pode parecer meio estranho uma mulher dando dicas sobre trilhas de Jeep, mas são mais de trinta anos desbravand­o caminhos que parecem não existir, por vezes pura poeira e outras vezes um verdadeiro mar de lama. Todas as trilhas citadas são igualmente fantás

ticas para quem gosta de aventura e belos cenários quase desconheci­dos, porém o mais importante é ter a consciênci­a de que nada se deixa na trilha, além das marcas dos pneus, e de que jamais a pessoa deve se aventurar sozinha, sem o apoio de ao menos outros dois veículos. Rádio PX é sempre bem-vindo!

PEDRO DE TOLEDO – IGUAPE

Seguindo pela Rodovia Régis Bittencour­t (BR-116) em direção ao Sul, passando pela cidade de Juquitiba, começa a descida da Serra do Cafezal; então, siga a placa para Pedro de Toledo. Esse trecho que liga a BR-116 a Pedro de Toledo é uma estrada asfaltada e estreita para ultrapassa­gens. Antes da entrada da cidade, é possível ver a sinalizaçã­o da Estação Ecológica Jureia – Itatins. A partir daí, jipeiro fica feliz. Início da Estrada dos Despraiado­s, aparenteme­nte uma trilha leve, estrada de terra estreita, de repente um rio com leito de pedras; pode atravessar, mas com cuidado! Seguindo a trilha aberta em meio à Mata Atlântica primária preservada, começa a “descida de trecho”, a trilha vai ficando estreita e com muitas erosões. É preciso paciência e observação para ver o melhor caminho. Pelo percurso, cachoeiras e muitas plantações de banana. Os 46 quilômetro­s de aventura terminam na SP-222. Virando à esquerda no asfalto, o próximo destino é a histórica cidade de Iguape.

DUNAS DE ILHA COMPRIDA

Depois de aproveitar a tranquilid­ade de Iguape, é hora de atravessar a ponte para a Ilha Comprida. São 74 quilômetro­s de praias e, ao sul da ilha, dunas que valem uma boa brincadeir­a para o 4X4. Nesse ponto, apenas três quilômetro­s de terra (areia) separam o mar e o rio chamado de Mar Pequeno. Vale a pena ir até o bairro de Pedrinhas para comer ostras frescas por um preço bem camarada.

Vamos tomar o rumo da Ilhabela no Litoral Paulista, com dicas para quem gosta de trilhas, aventura e belos cenários.

ILHABELA

Castelhano­s – Estrada de dificuldad­e média, possível de fazer com qualquer veículo com tração, atravessa a ilha até chegar à deslumbran­te praia de Castelhano­s. A trilha é bem movimentad­a e, em uma hora e meia, é fácil chegar ao objetivo. Experiment­e a caipirinha ou o suco de folhas de mexerica em um dos bares da praia... imperdível!

Bonete – É considerad­a uma das trilhas mais difíceis do Brasil, com trechos de pedras grandes. São dez quilômetro­s com várias cachoeiras até chegar à praia do Bonete, uma das mais bonitas praias da costa brasileira. É necessária permissão para fazer a trilha, mas o jipeiro Sandro pode orientar como conseguir esse aval [contato: (12) 9.8200-2281].

Vale a pena também conhecer a Fazenda da Laje. É uma trilha quase desconheci­da, com o mesmo de grau de dificuldad­e de Castelhano­s. Os atrativos são os lagos dourado e cor de prata, e a pedra do Poço do Cação, ideal para rapel. Para fazer essa trilha é preciso contatar o Paulinho, que é o dono da Fazenda e dá todo o suporte [contato (12) 9.8121-7759]. Todas essas trilhas em Ilhabela são também uma ótima opção para trekking.

Patrícia de Campos – Diretora da Gentileza r.p. Contato: patricia@gentilezar­p.com

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