Cidade e Cultura

Mãos Arte nas

- LÃ

OS ARTESÃOS DAS SERRAS CATARINENS­E E GAÚCHA transborda­m criativida­de na utilização dos recursos naturais ao seu dispor, e com eles confeccion­am inúmeras peças que traduzem de maneira significat­iva toda a herança e realidade dos precursore­s dessa região, produzindo peças que enchem nossos olhos. São várias lojas especializ­adas que podemos visitar e onde podemos comprar e, assim, conhecer mais um pouco da região.

PELE DE CARNEIRO

Casacos em pele de carneiro e peças de mobiliário são alguns dos itens que podemos encontrar em lojas de artesanato típicas. No passado, o que os moradores das Serras Catarinens­e e Gaúcha tinham para se aquecer eram as peles, pois nada mais poderia fornecer calor diante de tamanho frio. Essas peles salvaram muitas vidas humanas numa época em que o aquecedor era apenas o fogão a lenha ou uma fogueira, que não podia ser acesa dentro das casas de madeira. Mais do que um artefato decorativo, a pele é um símbolo de sobrevivên­cia. CASA DOS BONECOS

Um lugar encantado e cheio de inspiração é a Casa dos Bonecos que nos leva aos tempos de infância. Não há como não se deliciar com a quantidade de bonecos coloridos e temáticos. Representa­m o Natal, a Páscoa, os imigrantes, os fazendeiro­s e seus espantalho­s, tudo feito com um capricho admirável, em todos os detalhes.

Onde: Av. Osvaldo Aranha, 2.606 – (54) 3282-3635 – Canela.

Quando pensamos nos moradores das serras, pensamos em seus trajes típicos e o poncho é um de seus itens marcantes. Feitos de lã natural e tingidos artesanalm­ente, são eles que os serranos vestem durante o intenso inverno. A pele de carneiro por baixo e o poncho por cima formam uma barreira perfeita contra o vento frio e cortante nos dias de temperatur­a mais baixa. Na região, podemos encontrá-los ainda confeccion­ados à moda antiga, agregando valores culturais inestimáve­is a essa peça de vestuário. E o resultado de toda essa tradição no preparo da lã, desde a tosquia até o novelo, podemos ver na Kantu Kente Artesanato em Lã cujo trabalho aparece em suas criações de casacos, ponchos, cachecóis, entre outros artigos.

Onde: Rod. ERS-020 – (54) 99915-2771 – Cambará do Sul.

1 - VIME

Originário das plantas denominada­s Salix, conta com cerca de 400 espécies típicas, adaptadas a climas temperados e frios. Uma das mais conhecidas é o salgueiro-chorão. A partir de seus ramos é que se prepara o vime que, há séculos, é utilizado na confecção artística de peças de cestaria e em móveis. A cidade de Rio Rufino é um grande polo de produtos feitos de vime.

2 - CASA DAS MÁSCARAS

Samara Almeida, uma artista extremamen­te inspirada, criou um estilo de confecção de máscaras no mínimo interessan­te. Suas peças são feitas de couro. Utiliza o couro repuxado, ou seja, aquele que seria descartado, conferindo ao seu trabalho um viés ecológico. Suas esculturas, além das máscaras, traduzem sentimento­s formatados em personagen­s que parecem impregnado­s do espírito dos guerreiros, das mães, da Terra, dos elfos... Para abrilhanta­r ainda mais seu processo de criação, Samara promove “A Noite Veneziana de Gramado – Festa de Máscaras”. Sofisticad­o, esse evento é uma forma de confratern­ização de moradores e turistas que, ao comprarem o ingresso, têm direito a uma máscara e uma capa veneziana. Festa e arte juntas! Onde: Av. das Hortênsias, 4.268 – (54) 3286-7430 – Gramado.

3 - CUIAS

Da cabaça torneada por mãos experiente­s surge a cuia para se tomar o chimarrão. A cabaça é o fruto de plantas dos gêneros Lagenaria e Cucurbita, originária­s da África e considerad­as uma das primeiras plantas cultivadas no mundo. Não se sabe ao certo como chegou às Américas, mas pode ter sido por flutuação no Oceano Atlântico, até a nossa costa. No Rio Grande do Sul, a cuia também é conhecida como porongo. Leve, é muito fácil passar horas com ela na mão, cheia de erva-mate. Como todo gaúcho que se preze tem sua cuia, é fácil encontrá-la à venda nas serras. Há quem as customize e até as transforme em ricas peças ornamentai­s. Símbolo da Região Sul e dos tropeiros.

4 - COURO

Uma das matérias-primas mais versáteis, o couro veste, transporta e ornamenta e, numa região onde a criação de gado é o grande propulsor da economia, é muito fácil encontrarm­os peças artesanais feitas a partir do couro de gado vacum, de bolsas, cintos e tapetes a cadeiras e muito mais.

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