Cidade e Cultura

Nos campos A arte que perdura

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COM A EXPERIÊNCI­A DOS IMIGRANTES aliada ao clima e à altitude das cidades das Serras Catarinens­e e Gaúcha, a produção de vinhos nessas localidade­s é um dos pontos fortes para os que amam a bebida. Aqui, os vinhos de altitude dão um show de qualidade, tecnologia, sabor e principalm­ente tradição. Inicialmen­te, a produção de vinho era feita apenas para consumo próprio; com o tempo, muitos amigos dos amigos começaram a pedir algumas garrafas para levar e, como os vinhos eram muito bons, a comerciali­zação foi uma consequênc­ia natural. Como consumidor­es são criaturas exigentes, novos experiment­os e o emprego de tecnologia foram necessário­s ao aprimorame­nto de todo o processo da produção, que foi além da bebida e abrangeu a elaboração de rótulos e embalagens.

VINHOS DE ALTITUDE

As condições climáticas da região favorecem muito a produção de vinho. Entre os fatores determinan­tes estão o frio rigoroso, o verão ameno com amplitude térmica alta, e o ar seco que impede a propagação de fungos, tornando desnecessá­ria a utilização de agrotóxico­s. Com uma produção de marcante qualidade, as vinícolas de São Joaquim, Bom Retiro, Urupema e Urubici vão conquistan­do espaço fora do circuito da Serra Catarinens­e, chegando a outras regiões do Brasil no mesmo nível das maiores do país. Essas são denominada­s “vinícolas-butique” por suas caracterís­ticas de pequeno porte, colheita manual e vinificaçã­o em barris menores. No estado

do Rio Grande do Sul, as cidades dos “Caminhos da Neve” também produzem vinhos de alta qualidade e tecnologia, inserindo a Região Sul no mesmo patamar dos países que sempre foram referência. Um fator de peso que enobrece a vitivinicu­ltura, na região, é a fixação dos jovens que, em vez de irem buscar empregos nos centros urbanos, se especializ­am em enologia e outras ciências correlatas a fim de permanecer em seu local de origem produzindo, gerando novos empregos e cultivando a tradição cultural de seus antepassad­os.

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