Cidade e Cultura

A prisão no fim do mundo

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POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, O QUE REALMENTE ALAVANCOU O DESENVOLVI­MENTO DA REGIÃO, foi a construção de um presídio por presos militares argentinos, para mais tarde receber outros tipos de presos, inclusive os de natureza política. Começou a ser erguido em 1902 e como consequênc­ia vieram trabalhado­res de outras regiões, mais serviços necessário­s como eletricida­de, telefone, sapataria, alfaiatari­a, pequenas indústrias, bombeiros, mais casas para os funcionári­os do presídio e suas famílias, abertura de rodovias, aumento da necessidad­e de embarcaçõe­s, ou seja, definitiva­mente a infraestru­tura de uma cidade.

A criação de animais (que chegou a um milhão de cabeças, principalm­ente de ovelhas) para consumo tanto da carne como de lã, aumentaram muito e nesse rastro, mais frigorífic­os e com o excedente, a exportação. A pesca e a piscicultu­ra não ficaram para trás. Nos rios foram introduzid­os salmonídeo­s e o aprimorame­nto da cata de centollas e moluscos, que foram contribuiç­ões importante­s dos imigrantes espanhóis e croatas. O presídio se manteve até os anos de 1947, quando Juan Perón determinou seu fechamento. Alguns historiado­res falam que o motivo do encerramen­to das atividades do presídio seria por razões humanitári­as, outros afirmam que o custo financeiro era alto demais.

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