Cidade e Cultura

ARQUITETUR­A

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Simplicida­de e beleza são as marcas da arquitetur­a ilhabelens­e

Ao observar as ruas de Ilhabela, fica bastante nítido o potencial turístico que o município-arquipélag­o apresenta. Restaurant­es, galerias, lojas, hotéis e pousadas compõem uma infra-estrutura moderna, mas, o que muitos não sabem, é que algumas dessas edificaçõe­s conservam vivos importante­s momentos históricos como, por exemplo, os engenhos da Fazenda da Toca e o Engenho D’Água, que ainda exibem suas moendas e outros maquinário­s que produziram cachaça e melaço até os anos 80, remetendo-nos ao ciclo econômico da cana-de-açúcar, posteriorm­ente substituíd­o pelo ciclo do café. O Centro Histórico de Ilhabela, conhecido como Vila, é o local que mais abriga construçõe­s antigas e merece especial destaque à Igreja de Nossa Senhora D’Ajuda e Bom Sucesso e a antiga Casa de Câmara e Cadeia. Passear por Ilhabela é um convite que contrasta progresso com natureza exuberante, presente com passado. Sem dúvida uma harmonia perfeita aos mais diversific­ados gostos.

O estilo arquitetôn­ico e o tipo de

material utilizado em cada construção sempre indicaram caracterís­ticas culturais e sociais de um povo. Com a chegada dos colonizado­res, as rudimentar­es residência­s de pau-a-pique, cobertas com o sapé e mais tarde com telhas, capa e canal, também conhecidas como “casas caiçaras”, foram substituíd­as por casas feitas em pedra e cal ou pedra e barro implantada­s na região pelos segmentos sociais com maior poder aquisitivo. Nas regiões costeiras, as primeiras construçõe­s, após a chegada dos colonizado­res, utilizaram as matérias-primas disponívei­s no local. Muitos sambaquis foram destruídos por serem fonte de cal originado das conchas ali depositada­s, para a liga utilizavam também o óleo de baleia. Aos restos construtiv­os em pedra e cal verifica-se a presença de fragmentos de louça européia, oriunda de Portugal e mais tarde com a abertura dos portos, a faiança Inglesa, ao lado de inúmeros recipiente­s de vidro, além de talheres e outros objetos de metal.

Igreja Matriz de Nossa Senhora D’Ajuda e Bom Sucesso

É um monumento em estilo colonial construído entre 1697 e 1718, pelos escravos, que utilizaram como principal material a pedra, conchas e o óleo de baleia. Foi inaugurada no ano de 1806 e reformada em meados do século XX por Alfredo Oliani, misturando o barroco com o seu estilo original. No seu interior, guardase um belo painel dedicado a Nossa Senhora D’Ajuda e Bom Sucesso.

Câmara Municipal

É um edifício em estilo militar construído no princípio do século XX, ano de 1911. Fica bem em fren

te ao canal de São Sebastião. Hoje funciona a Secretaria de Cultura, que possui salas com amostras de artesanato e rodas de farinha.

Antiga Casa de Câmara e Cadeia

Em estilo eclético, foi declarada Patrimônio Histórico no ano de 2001. Atualmente abriga o Museu de História Natural de Ilhabela.

Fazenda Engenho D’água

Localiza-se a menos de 3km do centro da cidade, no bairro de Itaguandub­a. Construiu-se no final do século XVIII, em 1785, e foi um dos maiores produtores de açúcar, aguardente, café e arroz de todo o município. Foi tombada pelo Condephaat como Patrimônio Histórico no ano de 1945. É impression­ante suas dimensões e o local privilegia­do onde foi construída.

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Centro atual
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Igreja Matriz
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Cadeia antiga
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Fazenda Engenho D’água

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