Idas e vindas com o charme das embarcações
É bem interessante o meio de locomoção para sair ou entrar em uma ilha. Logicamente, com as rodovias e suas pontes milagrosas, o transporte foi deveras facilitado, porém, entre Guarujá, Santos e Bertioga, existe um fluxo muito intenso de balsas, barcas e catraias. Se formos observar os dois ferryboats do Guarujá, os portinhos de Santa Cruz dos Navegantes e o da Praia do Góes, veremos um turbilhão de carros, bicicletas, motos e pedestres em um frenesi de idas e vindas. As balsas, mais confortáveis, são destinadas aos veículos. Os pedestres contam com três tipos de embarcações que saem ao longo de sua margem para Santos. As chamadas barquinhas do
ferryboat, que saem da Avenida Adhemar de Barros e atracam no bairro da Ponta da Praia ( Santos), simplesmente não param.
Mas nada é tão emocionante como a catraia que sai de Vicente de Carvalho e atraca no Mercado Municipal de Santos. Aí é uma loucura certa, pois aquela pequenina embarcação torna- se insignificante quando é obrigada a passar por baixo do Porto, na margem de Santos, e “rastejar” ao lado de gigantescas hélices de navios mercantes, estacionados para carga ou descarga de mercadorias. Ah! Importante também saber se a maré está alta ou baixa, pois, se esta estiver alta, o passageiro da catraia terá que se abaixar ao adentrar o túnel do porto. Isso mesmo, pois esse túnel é minúsculo e tem o espaço exato para passar, uma grudada na outra, duas catraias, uma de ida e outra de volta. Arrisque- se, pois é exatamente isso que centenas de pessoas fazem todos os dias. Complicado também quando as barquinhas ou as catraias têm de parar no meio da travessia para esperar a passagem de um enorme navio, pois, segundo as leis marítimas, a embarcação menor tem de dar passagem à embarcação maior. Agora, se quiser maior conforto, temos as “barconas” da DERSA, com ar-condicionado e cadeiras confortáveis, que saem do mesmo ponto e atracam na Alfândega em Santos, porém a travessia leva aproximadamente 20 minutos.