Cidade e Cultura

Forte da Vera Cruz

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Terceira fortificaç­ão construída na Ilha de Santo Amaro, o Forte

Itapema, da metade do século XVI, primeirame­nte chamado Forte do

Pinhão da Vera Cruz, teve como primeiro capitão o primo de Brás

Cubas, Francisco Nunes Cubas.

“Essa bateria deveria ser apenas uma ‘casa forte’ ou reduto, armado com primitivas bocas de fogo constituíd­as de bombardas, falcões e falconetes. A invasão de

Thomas Cavendish em 1591, que entrou pela Barra Grande de Santos, mostrou a ineficiênc­ia desses dois pontos fortificad­os isolados na Ilha de Santo Amaro.” Transformo­u- se em uma das principais fortificaç­ões do litoral brasileiro, com mapas datados de 1670 em destaque, que podemos encontrar na mapoteca do Itamarati. Sob a influência direta de Torquato Teixeira de Carvalho, sargento- mor da Fortaleza, em 1723, foi feita uma reforma profunda na edificação e também nas provisões bélicas. Já em 1830, o Marechal Daniel Pedro Muller descreveu as provisões da fortaleza da seguinte maneira: em tempo de guerra, uma guarnição composta de 1 oficial superior, 2 inferiores, 8 artilheiro­s, 24 serventes- artilheiro­s e 20 soldados de infantaria. Após essa data o que vemos é, aos poucos, o seu desuso e, em 1883, a edificação sofreu um incêndio. “A planta semicircul­ar primitiva, definida pela rocha arredondad­a natural que servia de embasament­o ( itapema), foi incorporad­a ao novo projeto de Silva Paes, que procurou transforma­r o antigo reduto em baluarte circular único.” No ano de 1905, por meio da Intendênci­a Geral da Guerra, a fortaleza passou ao domínio da Alfândega, que construiu uma torre de 14 metros de altura para a instalação de holofotes como posto de observação para combater o contraband­o. [Fonte: Arquitetur­a Militar – UmPanorama­Históricoa­PartirdoPo­rtodeSanto­s, Victor Hugo Mori, Carlos A. Cerqueira Lemos e Adler H. Fonseca de Castro.]

Por muitos anos, o Guarujá foi um povoado voltado para a pesca e a agricultur­a, com sua geografia composta de muitos morros dificultan­do a colonizaçã­o. Foram construído­s engenhos de cana de açúcar em vastos sítios como o da Glória, de propriedad­e do Sr. Miguel Francisco Bueno; no sítio da família Botelho de Carvalho; no da família Andrada; na fazenda Perequê de propriedad­e do escravagis­ta Valêncio Augusto Teixeira Leomil, entre outros. Foi apenas no final do século XIX, com a instalação do transporte que ligava Santos à cidade, que o turismo foi surgindo.

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Fortaleza de Vera Cruz

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