LUTA E DETERMINAÇÃO transformaram uma geração Povo do sol nascente People of the rising sun
Struggles and determination to transform a generation
MESMO COM IMENSA DIFICULDADE EM SE ADAPTAR aos costumes e ao trabalho árduo no Brasil, a colônia japonesa conseguiu se fixar e trouxe ao país o desenvolvimento em várias áreas da agricultura e da tecnologia. Desde a década de 1920, parte desses bravos trabalhadores se instalou em Atibaia e conseguiu prosperar. O movimento nikkei nos bairros do município teve início por volta dos anos 1950. Vindos do interior paulista e do Paraná, optaram por ficar nos arredores da capital do Estado de São Paulo e, assim, foram morar em diversos bairros de Atibaia. No bairro do Tanque, a Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC) adquiriu terras que pertenciam ao grupo Matarazzo, onde se cultivava cana-de-açúcar para a produção de cachaça. Nesse local, onde passava a via férrea, era feito o abastecimento de água e, em 1961, foram investidas verbas para criação de aves poedeiras, uma estação experimental, 5 alqueires continuaram preservados para a cana-de-açúcar, e o restante foi destinado à incubação de ovos. No bairro da Boa Vista, em 1946, Yonekiti Nishi cultivava batatas e Haruju Matsuoka dedicou-se à floricultura; em seguida outros chegaram para o cultivo do morango. No bairro Ponte Alta, chamado de “Vale do Inferno” por suas terras hostis, Toshio Furuya dedicou-se à cultura da batata, e Sugawara e Ichikawa, à da melancia. No bairro da Usina, a comunidade japonesa se instalou entre a represa e o rio Atibaia, onde viveu situações curiosas e difíceis, pois, em época de chuva, a ponte de ligação do bairro inundava. Na lavoura, predominavam frutas e hortaliças, o que, em 1970, levou aquela região a ser apelidada de Bairro do Pêssego.