Colônia Italiana
Nacionalização, tornando obrigatório o uso de nomes brasileiros em estabelecimentos de ensino; os professores tinham de ser brasileiros e era proibido o uso de língua estrangeira. Vargas proibiu também instituições e associações estrangeiras, impôs censura a programas de rádio, nomes de ruas, cartazes, ou seja, nada que não fosse brasileiro poderia ser exibido. E a situação ficou muito pior com a Segunda Guerra Mundial, quando o confisco de bens dos italianos se tornou uma prática comum.
Em Bragança Paulista, a Sociedade Ítalo-Brasileira foi fundada em 2 de fevereiro de 1891, com o nome de SocietàDemocraticadeMutuoSocorso. Contava com 129 sócios-contribuintes e seu presidente era Nicolau Asprino. A entidade surgiu graças aos esforços de seu primeiro presidente e de democratas como Samuel Saul, o capitão Nicolau Barra, Francisco Barlette e Próspero Bertolotti, com um bem organizado regimento interno. Tinha fins democráticos e humanitários, como estava inscrito em seu estandarte tricolor, para zelo e defesa dos interesses dos associados e para atender às necessidades de todos os compatriotas.
Em 1893, a Sociedade conseguiu enviar para Santos e Campinas a quantidade de 2 contos de reis para auxílio às vítimas da febre amarela; em 1895, um conto e cento e cinco mil reis para a Cruz Vermelha, em auxílio dos feridos na Guerra da África. Nesse mesmo ano, começou a construção de sua sede na Rua Coronel Leme. Durante a Segunda Guerra Mundial, época em que muitas famílias italianas de industriais e comerciantes e clubes de todo o Brasil sofreram discriminação, houve uma estagnação nas ações humanitárias, por motivos óbvios.
Atualmente, a Sociedade Ítalo-Brasileira de Bragança Paulista é um dos maiores símbolos de um momento marcante do progresso nacional, quando o país deixou de ser escravagista e avançou rumo à democracia. Nesse período de transformação de valores, agregação de costumes, aceitação de diferenças e, principalmente, acentuação da miscigenação consolidou-se uma das bases da formação do povo brasileiro.
Fonte: Sociedade Ítalo-Brasileira de Bragança Paulista. R. Coronel Leme, 176 – Centro.
In Bragança Paulista, the Società Democratica de Mutuo Socorso—the Italian-Brazilian Society for Mutual Help—was founded in February 2nd, 1891. With initial 129 contributing associates and Nicolau Asprino as their president, the organization came to be thanks to its president’s efforts and the help of democrats such as Samuel Saul, Captain Nicolau Barra, Francisco Barlette and Próspero Bertolotti. With its democratic and humanitarian purposes inscribed into its three-colored banner, it aimed at caring for and protecting its associates’ interests and also meeting the needs of every Italian in Brazilian soil.
In 1893, the Society managed to send to Santos and
victims, and again in 1895, more money was sent to Red Cross to help Italian soldiers wounded in the African War.
Coronel Leme St. During the II WW, when many families of Italian businessmen and manufacturers as well their clubs were discriminated against all over Brazil, donations were interrupted by obvious reasons.
Presently, the Italian-Brazilian Society for Mutual Help in Bragança Paulista is among the biggest symbols of a memorable period in our nation’s development, when Brazil abolished slavery and moved towards democracy. During these times of values transformation, new habits, accepting what was different and mostly an increasingly evident races mingling became strong elements in the formation of the Brazilian people.
Source: Sociedade Ítalo-Brasileira de Bragança Paulista. 176 Coronel Leme St. – Downtown.