Como Cultivar Orquídeas Especial
Catasetum
Ctsm. fimbriatum ‘Egel’
Uma característisca marcante desse gênero é a possibilidade de existir flores masculinas, femininas e hermafroditas na mesma planta
Atenção às exigências
Embora seja um gênero com muitas variedades, algumas ganham destaque. Dentre as de flores maiores é possível mencionar Ctsm. pileatum, bastante desejado por colecionadores, Ctsm. osculatum, de flores na cor amarelo-limão, e Ctsm. fimbriatum, abundante do Pantanal até o noroeste do Estado de São Paulo. Entre as plantas caracterizadas por flores menores, chamam a atenção Ctsm. denticulatum, sonho de consumo de vários orquidófilos, e Ctsm. tigrinum, de aparência espetacular.
Os Catasetum não são exigentes em relação ao cultivo, no entanto, é essencial ficar atento a determinadas particularidades. Uma delas diz respeito ao substrato. Por não se desenvolverem bem em materiais de elevada acidez, preferem a fibra de coco.
Também é preciso controlar a umidade, principalmente em regiões chuvosas, onde os exemplares devem ficar abrigados. “Para garantir boa florada, o índice de sombreamento não pode ser maior que 50%”, recomenda a bióloga e orquidóloga.
Outra característica que deve ser observada é a disposição dos vasos. O ideal é que fiquem pendurados e ligeiramente inclinados. Esse procedimento deve ser adotado especialmente com espécies que têm a base em forma de pêndulo, como Ctsm. galeatum e Ctsm. denticulatum.
Ela adiciona que essas plantas não absorvem bem adubo foliar. “A fertilização que faz a diferença é o NPK 14-14-14 aplicado logo após o surgimento das raízes novas, na quantidade de uma colher (café). Isso é o suficiente, elas não precisarão de mais nutrientes.”
Havia uma crença de que essas orquídeas deveriam ser replantadas anualmente, no entanto, Apolônia diz que esse procedimento necessita ser realizado apenas quando o substrato estiver esgotado. “Tenho exemplares belos e entouceirados que estão no mesmo vaso há anos.”
Livre-se delas
As doenças que mais atacam os Catasetum são de origem fúngica, consequência de sua exigência em relação à alta umidade. O ataque é percebido pelas manchas escuras presentes nas folhas. Caso não sejam controlados, os fungos podem levar a planta à morte. O combate deve ser feito com aplicação de fungicida a cada 15 dias.
Outro inimigo é o ácaro, praga que começa a causar sérios danos em cerca de dez dias. Para eliminá-lo, deve-se usar acaricida ou óleo de nim semanal ou quinzenalmente, de acordo com o grau de infestação.
C. gaskelliana alba ‘Maria Izabel’ x self