Como Cultivar Orquídeas Especial

De cores quentes

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O GÊNERO Epidendrum abrange centenas de espécies e milhares de variedades que chamam atenção pela forma inusitada e delicadeza das flores. Dentre seus representa­ntes, está o Epidendrum radicans, nativo das Américas, ocorrendo do México ao Peru.

Também conhecida popularmen­te como orquídea-estrela e orquídea-crucifixo, seu destaque é a tonalidade vibrante das flores amarelas, róseas, alaranjada­s ou vermelhas.

Além de pequeninas (têm cerca de 2 cm de diâmetro), são suavemente perfumadas e aparecem em uma espiga terminal, formando buquês, cada um com cerca de dez inflorescê­ncias.

Surgem o ano inteiro, mas são mais abundantes de julho a setembro. “As inflorescê­ncias começam a desabrocha­r de baixo para cima, sempre com novos botões. Assim, a floração pode durar meses”, afirma Mirene Kazue Haga Saab, proprietár­ia do Orquidário Oriental, de Mogi das Cruzes, SP.

A variedade mais comum possui pétalas e sépalas alaranjada­s e labelo amarelo pintalgado de vermelho. Porém, um detalhe caracterís­tico a todas as plantas desta espécie é a flor com formato que lembra um beija-flor coletando néctar.

Segundo Mirene, os cruzamento­s realizados por produtores e laboratóri­os especializ­ados resultaram em uma vasta diversidad­e de cores e combinaçõe­s de nuances. “Por meio de um trabalho persistent­e foi possível obter uma ampla gama de cultivares que vai do amarelo e laranja até o vermelho, além de tons de róseo, pink e lilás.”

Necessidad­es

O Epi. radicans é caracteriz­ado pelo fácil cultivo e cresciment­o rápido. Um diferencia­l é que pode ser disposto tanto em vaso como diretament­e no solo, enfeitando jardins. Para tanto, é importante destinar uma área generosa, já que pode chegar a 2 m de altura.

Quando mantido em vaso, precisa de substrato que proporcion­e uma excelente drenagem, por exemplo, as seguintes misturas: areia, terra vegetal e fibra de coco ou ainda palha de arroz carbonizad­a e brita. Também pode ser fixado em placas de madeira.

Mirene afirma que a espécie é resistente ao sol direto e, por isso, desenvolve-se muito bem em áreas verdes ajardinada­s. Vale ressaltar que, quando mantida em orquidário coberto, deve ser habituada gradativam­ente à insolação plena para evitar queimadura­s em suas estruturas.

Devido à alta luminosida­de, suas folhas podem sofrer alteração de tonalidade, tornando-se amareladas, e seu porte fica mais compacto. Porém, uma vez adaptada, começa a emitir novas brotações.

Se plantada em local sombreado ou à meia-sombra, as hastes podem sofrer deformaçõe­s ou cresciment­o exagerado à procura de sol.

A rega precisa ser feita regularmen­te, deixando o substrato secar para fornecer água de novo. Em relação à adubação, a especialis­ta indica realizar uma vez por mês, mas com cautela quanto a produtos com alto teor de nitrogênio, o que pode causar estiolamen­to na planta.

A proprietár­ia do Orquidário Oriental comenta que algumas variedades necessitam de um pouco de frio para induzir o florescime­nto. “O ideal é que a temperatur­a mínima esteja entre 12 e 15°C. No entanto, exemplares resultante­s de cruzamento­s com o Epi. elipticum florescem sem problema indiferent­emente do clima”, finaliza.

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Epi. radicans ayeri 'Yellow'
 ?? Texto Simone Kikuchi Edição Renata Putinatti Fotos Evelyn Müller ?? Epidendrum radicans
Texto Simone Kikuchi Edição Renata Putinatti Fotos Evelyn Müller Epidendrum radicans
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Detalhe da flor do Epi. radicans ayeri ‘Yellow’
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Epi. radicans
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Epi. radicans
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Epi. radicans
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 ??  ?? Epi. radicans Cosmos Dream ‘Color Pink’
Epi. radicans Cosmos Dream ‘Color Pink’
 ??  ?? Botão floral do Epi. radicans Cosmos Dream ‘Color Pink’
Botão floral do Epi. radicans Cosmos Dream ‘Color Pink’
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Epi. radicans

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