Os 3 Segredos

Segundo Lúcia, Nossa Senhora, em 13 de Julho de 1917, teria revelado três segredos em forma de profecia. Duas das três profecias foram reveladas em 1941, em um documento escrito por Lúcia para ajudar na canonização dos primos. Ambos morreram ainda na infância. O terceiro segredo foi escrito por Lúcia em 1944 e enviado ao Vaticano pelo bispo de Leiria, onde ficou guardado. Foi revelado em 26 de Junho de 2000 em Fátima, na presença de Lúcia, pelo Papa João Paulo II.

PRIMEIRO SEGREDO

Lúcia relata que Nossa Senhora mostrou a vista do inferno: um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados nesse fogo estavam os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas com forma humana. “A vista foi um momento, e graças à nossa boa Mãe do Céu; que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu na primeira aparição, se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor”, disse Lúcia.

SEGUNDO SEGREDO

Fátima teria dito que eles deveriam estabelecer uma devoção ao Imaculado coração e assim salvar muitas almas e acabar com a guerra.

Mas alertou que se não deixassem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começaria outra pior. Teria dito que para impedir, viria pedir a consagração da Rússia a seu Imaculado Coração e a Comunhão Reparadora nos Primeiros Sábados. “Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrará-me à Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz.

TERCEIRO SEGREDO

Devido à demora da publicação do Terceiro Segredo de Fátima, várias especulações surgiram. Algumas falam de uma

guerra nuclear, o assassinato de um Papa, e da recolocação do Papa por um impostor. Durante uma visita a Portugal, o Papa João Paulo II divulgou por meio de seu Secretário de Estado, Cardeal Ângelo Sodano, o texto escrito por Lúcia:

“Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora, um pouco mais alto, um anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contato do brilho que da mão direita expelia Nossa Senhora ao seu encontro: O anjo, apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos em uma luz imensa que é Deus: “algo semelhante a como se veem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante”, um bispo vestido de branco, “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Vários outros bispos, sacerdotes e religiosos subiram uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fora de sobreiro, com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade em ruínas e, meio trêmulo, com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz, foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns atrás dos outros, os bispos, sacerdotes e religiosos. Sob os dois braços da cruz, estavam dois anjos, cada um com um regador de cristal na mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus”.

Irmã Lúcia, Tuy (Espanha),

3 de janeiro de 1944 Segredo.

A primeira parte do segredo, com a visão do inferno se completa com os ecos de esperança do Coração Imaculado e da sua devoção. Na segunda parte, no pedido da consagração da Rússia ao Coração Imaculado, reflete também a destruição causada pela humanidade no último século; mas ao mesmo tempo, renova a confiança na promessa do Coração, na palavra final da ternura de Deus. Na terceira parte, a montanha íngreme e a cidade em ruínas retratam a humanidade e suas crueldades. O eco deste segredo anunciado é um eco de confiança no triunfo do Coração.