Contigo Novelas

Conflito e referência

- POR ANDRÉ ROMANO | FOTO ENY MIRANDA

Desde abril, Alanis Guillen vive a saga de Rita em Malhação - Toda Forma de Amar (Globo). Na trama, ela luta para recuperar a filha tirada de seus braços e adotada por uma família. Aos 21 anos, a atriz, que vive a primeira protagonis­ta na TV, fala sobre a repercussã­o da trama e surpreende ao revelar que não é muito adepta das redes sociais

Como tem sido contracena­r com o Pedro Novaes (o Filipe da trama)?

É muito bom! A gente se dá muito bem. No geral, todo mundo se dá bem. Com o Pedro, temos uma parceria de um dar a mão para o outro, de se ajudar e que cada dia é um dia para a gente destruir mais.

Quem está com a razão na luta pela guarda da Nina: a Rita ou a família do Filipe?

A Rita está certíssima em batalhar pela filha, apesar de não ter muita noção do que está enfrentand­o e da realidade disso tudo, da adoção e da história dessa família. Por outro lado, a família do Filipe tem muitos conflitos: por que não tenta logo um diálogo? Por que está nessa briga tão fervorosa? Acho que precisaria de um senso a mais para a Lígia [Paloma Duarte] ser um pouco mais sensível também.

Qual a verdadeira história da Rita com o pai da Nina?

Tem um grande mistério sobre quem é esse pai, o que ele fez para ela, porque ela não pode falar sobre ele, o que ele é capaz de fazer se descobrir que tem uma filha…

“É preciso tomar muito cuidado, saber com quem estamos falando [sobre se tornar referência para o público]. Eu acho que não podemos deixar de nos colocar em alguns momentos”

Essa temporada de Malhação tem atingido várias faixas etárias…

Realmente, é um público de várias idades. Tem uma galera mais adulta, jovens mais fiéis que acompanham Malhação desde sempre. É muito legal, porque o assunto da adoção fisga a galera adulta, gente que se reconhece nessa situação. Inclusive, vi no Twitter uma mãe mais velha discutindo com uma menina mais nova sobre esse caso.

Como foi construir a Rita sem cair em algo mais caricato?

Não cair no caricato é viver a cena naquele momento. Cada cena é única e tem muitas que se contradize­m. Então, vale viver essa mulher da maneira que ela é. Não sabemos o que aconteceu de fato na história da Rita, mas já supus um monte de coisa para dar vida a ela.

Como é interpreta­r uma personagem tão nova com tanta força para ter o direito de ser realmente mãe da própria filha?

Quando recebi a Rita com toda essa carga emocional já foi de muita valia. Tanto que gosto de frisar que ela é uma menina mulher. Ela é uma mulher de 18 anos, sim, e com uma filha.

“Não cair no caricato é viver a cena naquele momento. Cada cena é única e tem muitas que se contradize­m. Então, vale viver essa mulher da maneira que ela é”

Ou seja, apesar dos amigos e todo esse frescor dos 18 anos de idade, ela tem essa batalha de mulher que carrega um peso, que ainda não sabemos qual é, desse homem com quem teve a filha. É bom contar uma história como tantas que existem por aí no mundo. E falar com tantas outras mulheres jovens ou não tão jovens assim, mas que têm a mesma trama da Rita.

Como percebe a repercussã­o da trama?

Está divertido. Assisto à Malhação me divertindo e muito feliz com todo o trabalho e andamento. As tramas estão bem coloridas, instigante­s e rápidas. Eu estou muito feliz.

Recebe muitas mensagens nas redes sociais?

Na internet está bombando, tem bom retorno. A galera parece que está gostando muito, está bem instigante mesmo.

A sua família acompanha esse trabalho?

Eles estão muito felizes também. Quando estou com eles, querem saber o que vai acontecer. Isso é o máximo, pois todo mundo está se envolvendo demais com as histórias e personagen­s. Minha família está feliz de ver tudo isso acontecer.

“Vivi um conf lito porque as pessoas me cobravam a postagem [nas redes sociais] de mais fotos, mais conteúdos para a galera. Porém, essa não é muito a minha praia”

E a repercussã­o nas ruas?

Ainda não sinto diferença alguma, não mudou muita coisa. Às vezes, uma pessoa fala que eu pareço com aquela menina, a Rita, de Malhação [risos]. Outro dia, estava tomando café com a minha mãe na padaria e o garçom falou: ‘P pessoal está jurando que você é a Rita da Malhação’ [risos]. Mas é uma coisa ou outra.

A sua rotina mudou muito após a estreia na TV?

A rotina muda muito porque é tudo muito intenso. Aqui a gente só sabe o que vai acontecer na semana seguinte. O roteiro chega toda quarta ou quinta-feira, quando, então, você descobre o que poderá programar para o final de semana, por exemplo.

O seriado tem grande impacto na vida de muitos jovens e, naturalmen­te, você vira referência para eles. Como encara essa situação? Pensa muito no que postar nas redes sociais, por exemplo?

Já pensei sobre isso. Não mexo muito no Instagram, não tenho Twitter. Já o Facebook, uso com os meus amigos, mas nem posto.

“A Rita está certíssima em batalhar pela filha, apesar de não ter muita noção do que está enfrentand­o e da realidade disso tudo, da adoção e da história dessa família [que adotou a bebê da personagem]”

Visito apenas para ver os eventos de teatro que estão rolando, pois as companhias sempre postam ali. Vivi um conflito porque as pessoas me cobravam a postagem de mais fotos, mais conteúdos para a galera. Porém, essa não é muito a minha praia. Então, quando posto alguma coisa, vou muito do que estou querendo ali na hora. Ainda estou me entendendo com o Instagram e sei que se trata de um meio com muita potência.

E o fato de se tornar referência?

É preciso tomar cuidado, saber com quem estamos falando. Eu acho que não podemos deixar de nos colocar em alguns momentos.

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