Contigo Novelas

Pronto para voltar

- POR FABRICIO PELLEGRINO | FOTOS RICARDO PENA STYLIN SAMANTHA SZCZERB | BELEZA ELCIDES FREITAS

Longe da TV desde que participou da novela O Tempo Não Para (Globo), Marcos Pasquim está à espera de convites para retornar. Enquanto isso, curte a namorada, Mariana Brito, e morar com a filha, Alicia. À CONTIGO, falou sobre essas experiênci­as e como venceu as crises de agorafobia

Seu último trabalho na TV foi O Tempo Não Para (Globo), que saiu do ar em janeiro. Já conseguiu descansar das novelas?

Sim, já descansei. Estou esperando convites, doido para voltar a atuar na TV.

Você produziu o espetáculo Um Casamento Feliz, que está em cartaz. Por que não entrou como ator no projeto?

Quando a peça foi entregue pelo antigo produtor, todos os atores já estavam confortáve­is em seus papéis. E estou procurando uma peça de dois atores ou um ator e uma atriz. Não quero fazer com mais gente do que isso.

Estava nos seus planos rodar dois filmes em 2019, como estão esses projetos?

Cinema sempre está nos meus planos quando estou fora da TV. Fiquei muito feliz em ser convidado para esses dois filmes. Porém, por conflito de datas, farei apenas um, Nina.

Embora não faltem papéis para atores de todas as idades na TV, muitos artistas argumentam que o veículo privilegia profission­ais jovens. De alguma maneira, sente que tinha mais oportunida­des na televisão quando era mais novo?

“A televisão privilegia os mais jovens. Mas para a minha faixa etária não faltam papéis. Quando estiver com uns 70 ou 80 anos isso deve mudar um pouco”

Sim. A televisão privilegia os mais jovens. Mas para a minha faixa etária não faltam papéis. Quando estiver com uns 70 ou 80 anos isso deve mudar um pouco. Mas, com 50 anos, acho, não muda muito.

Você entrou na casa dos 50 anos recentemen­te. Que mudanças físicas e comportame­ntais essa idade representa para você?

Os 50 anos chegaram igual aos 30. Estou ótimo, minha saúde está perfeita. Talvez a pele caia um pouco, mas de resto está ótimo. Senti o baque dos 30, mas dos 50 não.

Em 25 anos de carreira, qual personagem disse aquilo que você gostaria de falar no momento em que o estava interpreta­ndo?

Todos os personagen­s que fiz tinham sua verdade em algum momento da vida deles. E, nesse momento, acho que eu quis dizer o que estava interpreta­ndo. Nenhum se sobressaiu, todos tiveram a sua verdade e consegui passar isso.

Como ocorreu a iniciativa de morar com a sua filha e o que trouxe de melhor para a relação de vocês?

Ela veio morar comigo porque a mãe dela se mudou para o Leblon. Como ela não queria mudar de escola (que fica próximo à minha casa), quis morar comigo. Fiquei muito feliz!

“Estou ótimo, minha saúde está perfeita. Talvez a pele caia um pouco, mas de resto está ótimo. Senti o baque dos 30, mas dos 50 não”

Isso só colaborou para nosso relacionam­ento se estreitar, e eu amo ela morando comigo.

O que ela lhe ensinou sobre o universo feminino que você ainda não tinha aprendido?

Nossa, muitas coisas. Uma que aprendi há pouco tempo é sobre anticoncep­cional. Não sabia que existiam tantos tipos. Ela toma para regular os hormônios e não sentir tanta cólica.

Você declarou que foi vítima de agorafobia, um distúrbio de ansiedade, como surgiu o problema?

Certa vez, estava vendo um jogo de futebol no meu apartament­o e comecei a pensar que não estava bem, tive taquicardi­a, não conseguia levantar da cama. Me arrastei até a varanda e fiquei olhando o mar para tentar tirar esse pensamento de mim. A segunda crise foi durante uma viagem para os Estados Unidos. Lá, cheguei próximo a um desfiladei­ro e senti medo, algo que eu não tinha. Isso acendeu a luzinha vermelha. Já no Brasil, montei na minha moto, fiquei em dúvida se conseguiri­a sair com ela sem cair. Aí, então, percebi que precisava de ajuda, pois algo estava errado.

“Me tratei durante uns quatro anos [contra agorafobia] e hoje, graças a Deus, está tudo certo. Não desejo essa doença a ninguém, pois você fica impossibil­itado de fazer qualquer coisa: não quer sair de casa, não quer ver ninguém…”

Como se livrou do problema?

Fui ao psiquiatra, mas só me adaptei com o segundo remédio que ele prescreveu. Me tratei durante uns quatro anos e hoje, graças a Deus, está tudo certo. Não desejo essa doença a ninguém, pois você fica impossibil­itado de fazer qualquer coisa: não quer sair de casa, não quer ver ninguém… é muito ruim. Depois de passar por isso percebo que muita gente tem ou teve esse tipo de depressão.

Há quanto tempo você e a Mariana Brito estão juntos, e como se conheceram?

Nos conhecemos no Réveillon de 2018 para 2019. E começamos a ficar juntos há uns cinco meses.

O que considera uma das suas grandes vitórias?

A minha filha.

Que medo você costuma sentir e o que tem feito para superá-lo?

Não tenho grandes questões envolvendo medo. Tenho grandes amigos, família, então a solidão não me assusta. Quando sinto algum medo, eu combato para não senti-lo.

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