Contigo Novelas

Marina Ruy Barbosa

Dona do próprio nariz

- POR ELIZABETE ANTUNES

MARINA RUY BARBOSA ACABA DE COM

pletar 18 anos e não se preocupa em acompanhar as garotas de sua geração. Não vai a baladas, namora sério e detesta usar tênis. Passada a polêmica sobre ter de cortar seus cabelos por causa da novela, ela afirma que nem cuida tanto deles assim: “Lavo com xampu normal, o que tiver em casa”.

Como a maioria dos jovens que completa 18 anos, Marina Ruy Barbosa não vê a hora de dirigir o próprio carro. Diz que isso a deixará mais independen­te. Porém, garante que quer continuar ouvindo os conselhos da mãe, Geoconda, 46, e do pai, o fotógrafo Paulo Ruy Barbosa, 53. A família, mais o namorado, o ator Klebber Toledo, 27, formam o porto seguro da atriz. “Sempre fui muito responsáve­l, mas só tenho 18 anos, ainda estou em fase de construção”, avalia ela, durante entrevista à CONTIGO! no hotel boutique La Maison, na Gávea, Rio de Janeiro. Mas, apesar de parecer uma princesa, ela confessa que tem personalid­ade forte. “Quando tenho uma opinião, é aquilo”, admite. Em sua sétima novela, Marina diz ter amadurecid­o com a personagem Nicole, de Amor à Vida. Nos bastidores,

esteve no centro da polêmica sobre raspar ou não os cabelos por causa da personagem, que sofria de um câncer e fazia tratamento quimioterá­pico. Os fios ruivos e longos estão entre os mais desejados pelas telespecta­doras. A atriz não gosta de falar sobre o assunto. “Eu não tenho de ficar mais me explicando sobre uma coisa que não tem explicação.” E completa: “O importante é o carinho que eu tenho recebido das pessoas. O público vem e me abraça, torce pela Nicole”.

Você está usando uma aliança na mão direita. É de noivado?

É de namoro, de amor. Klebber me deu quando fizemos cinco meses de namoro. A minha é dourada e a dele, de ouro branco. A gente sempre comemorou aniversári­o de namoro. Ele é muito romântico, cuida de mim, se preocupa com tudo, está sempre me fazendo surpresas... Eu já sou meio desligada, do tipo que nos “44 do segundo tempo” vai procurar um presente para ele. Ele é mais organizado do que eu.

É uma namorada ciumenta?

Ele não me dá motivos para eu ter ciúme. A gente se fala sempre ao telefone, ele me manda mensagens... Um é muito companheir­o do outro. Não há espaço para brigas por causa de ciúme.

O que costumam fazer juntos?

Gostamos de ir ao cinema, ao teatro... Também tocamos piano juntos. Klebber começou a tocar por minha causa. Como eu tenho um piano no meu quarto, e já faço aulas há um tempo, ele um dia disse: “Ah, amor, vou aprender a tocar também”. Às vezes, ele me ensina uma música, eu ensino uma música para ele.

E teve algum hábito que adquiriu dele?

Ele gosta muito de fazer exercícios, de caminhar, andar de bicicleta, surfar... Eu já me arrisquei a ir para o mar com ele. Então, quando o mar está mais calmo, eu vou, fico sentada na prancha, dou uma remadinha. Tem de ser companheir­a, né?

Pensam em casamento?

Quando você está namorando alguém, não está namorando para terminar... Mas eu sou muito nova. Ainda tenho muitos planos para minha vida.

Você acabou de fazer 18 anos. O que acredita que mudou?

Acho que a maior mudança é que minha mãe não precisa mais me acompanhar nas gravações como antes, algo que era obrigatóri­o por eu ser menor de idade. O que não significa que eu não goste da companhia dela, ao contrário, minha relação com minha mãe

sempre foi de amizade, ela é minha parceira. Tanto que até hoje gosto que ela me acompanhe nas viagens a trabalho. Estou ansiosa para começar a autoescola. Quero muito tirar a carteira de motorista, acho essa independên­cia boa. Você poder ir e vir sem encher o saco de ninguém. De resto, acho que nada mudou. Desde muito pequena, sempre fui muito responsáve­l, estudei em colégios rigorosos, sempre tive muita disciplina e, depois que comecei a trabalhar, precisei ter essa responsabi­lidade com o trabalho. E eu só fiz 18 anos, ainda estou em fase de construção.

Mas como foi sua adolescênc­ia?

Foi tranquila, nunca fui rebelde. Lá em casa, a gente conversa e se respeita muito. Tem uma briguinha? Tem, é normal, ainda mais que a gente convive muito, mas nunca tive uma fase de rebeldia, até porque não sou baladeira. E, quando saio, não bebo, não gosto de bebida.

Faz terapia? Ou já pensou em fazer?

Não. Por quê? Você acha que eu preciso?

Perguntei por você ter crescido na TV, estar exposta desde muito nova...

Nunca senti necessidad­e, pode ser que, daqui a algum tempo, eu sinta. O que importa é a gente estar se sentindo bem, estou muito feliz.

Você se considera uma it-girl?

Não sei se sou referência para outras meninas, mas gosto de moda. Gosto de escolher minhas roupas, de usar o que combina comigo, mas também não passo horas me preocupand­o com isso, não me acho vítima da moda, não sigo todas as tendências.

Seu cabelo é o mais cobiçado pelo público que liga para a CAT (Central de Atendiment­o ao Telespecta­dor da Globo). Como cuida dele?

Não tenho nenhum cuidado especial com meus cabelos. Na rua, as pessoas perguntam mais se eu tirei as sardas do rosto com laser, tal. Mas não fiz nada. Foi só parar de tomar sol. Sobre os cabelos, lavo com xampu normal, com o que tiver em casa.

Mas você está sempre muito produzida...

É porque salto alto para mim não é ficar produzida. Não uso saltos plataforma enormes, por exemplo, uso um saltinho. Eu prezo o conforto: o salto é alto, mas é confortáve­l. E não é porque sou muito nova que tenho de usar tênis, shortinho e blusa rasgadinha, entendeu?

O que faz para manter a forma?

Quando tenho tempo, procuro ir à academia para nadar e fazer aula de ginástica localizada. É uma aula em grupo, com um monte de mulher rindo, brincando, é

animada. E não gosto de fazer musculação, acho chato, tenho preguiça. Klebber diz que eu tenho o corpo delicado. Às vezes pergunto se estou muito magrinha e ele diz que estou bem assim.

Tem sido convidada para eventos e campanhas. Está ganhando dinheiro?

Eu já trabalho há nove anos. Desde pequena ganho meu dinheiro.

O que você faz com ele?

Ah, sei lá... Por exemplo, quando quero comprar um aparelho celular mais moderno, eu não peço dinheiro a meu pai. Vou lá e compro. Mas dinheiro para mim nunca foi uma prioridade, nunca precisei trabalhar para pagar despesas. O que importa é a minha carreira, estar realizada no meu trabalho. E isso eu estou.

Esta é a sua sétima novela. Como você vê sua personagem e essa virada inesperada?

Não foi nada inesperado. Quando você começa uma novela, tem de estar preparada para qualquer coisa que o autor criará, sabe que está entrando numa obra aberta. O câncer linfático que Nicole sofria tem 80% de chances de ser curado, mas o dela era um caso terminal. O autor (Walcyr Carrasco, 61) deixou isso claro, então tinha essa possibilid­ade de a personagem

morrer. O que eu acho bonito dessa história toda é pensar que a personagem sempre foi movida por amor, ela nem morreu por causa da doença exatamente, ela morreu de amor. Para mim, foi um grande desafio fazer essas cenas em que ela estava no hospital, a própria cena da morte... Achei desafiante, nunca tinha feito uma personagem assim, foi minha primeira mocinha sofredora. Fiquei muito feliz com o resultado, com a repercussã­o do público. As pessoas têm sido muito bacanas comigo. Chegam para me abraçar, porque gostam da Nicole e torciam por ela.

Foi a primeira vez que você gravou dentro de um caixão?

Foi, mas achei supertranq­uilo. O pessoal da equipe até falou: “Olhe, tem gente que passa mal, que não consegue, qualquer coisa você nos avisa”. Mas eu fiquei ali tranquila, quietinha. Eles que me assustaram antes falando essas coisas. Não fiquei impression­ada nem antes nem depois.

Como é o clima com o elenco?

O elenco da novela é muito unido, todo mundo se dá muito bem, a gente quer fazer o público gostar da trama, então, todo o trabalho compensa. O retorno é muito bom.

Mas foi publicado que o elenco teria ficado chateado com você por causa da história de raspar o cabelo...

Sabe o que é? Eu não tenho de ficar mais me explicando sobre uma coisa que não tem explicação. Tudo já foi falado, que a decisão (de não ficar careca) não foi minha, não preciso retomar isso, entende?

Fazer essa personagem tem sido um aprendizad­o?

Toda personagem é um aprendizad­o, mas Nicole é a personagem mais intensa que eu fiz.

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Começar de Novo
Marina fez seu primeiro trabalho de destaque em 2004, como Aninha, em Começar de Novo
 ??  ?? Dona de uma beleza ímpar, Marina logo caiu nas graças do público. Além de atriz, ela atua como empresária e modelo. “Quando recebo o reconhecim­ento, vejo que tudo valeu a pena.
Dona de uma beleza ímpar, Marina logo caiu nas graças do público. Além de atriz, ela atua como empresária e modelo. “Quando recebo o reconhecim­ento, vejo que tudo valeu a pena.
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Apesar da pouca idade, a maturidade se faz uma de suas principais caracterís­ticas
 ??  ?? Discreta em relação à vida pessoal, em 2017, Marina oficializo­u a união com o piloto Alexandre Negrão. O casamento chegou ao fim em janeiro
Discreta em relação à vida pessoal, em 2017, Marina oficializo­u a união com o piloto Alexandre Negrão. O casamento chegou ao fim em janeiro
 ??  ?? Recém-separada, Marina tem aproveitad­o para curtir a companhia dos pais e segue em isolamento em meio à natureza
Recém-separada, Marina tem aproveitad­o para curtir a companhia dos pais e segue em isolamento em meio à natureza

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