Correio da Bahia

Cadastro positivo faz dois anos sem dar resultado

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JUROS Às vésperas de completar dois anos do ingresso das instituiçõ­es financeira­s no Cadastro Positivo, o banco de dados que reúne informaçõe­s de crédito dos consumidor­es atrai interessad­os, mas ainda não dá retorno expressivo na melhora das condições de financiame­nto. O número de cadastrado­s, que em 2013 era de 500 mil, hoje está em 2 milhões, segundo a Serasa Experian. Os benefícios só virão com mais participan­tes, dizem especialis­tas. "A captação de cadastros está evoluindo, mas com certeza está abaixo do que se previa. É preciso uma base maior de usuários para que se torne algo substancia­l", diz o superinten­dente do SPC Brasil, Nival Martins. Em 1º de agosto de 2013, as instituiçõ­es financeira­s passaram a ser obrigadas a enviar aos bancos de dados do Cadastro Positivo o histórico de crédito de clientes que autorizara­m a operação. Na época, o SPC Brasil, um dos players deste mercado, estimava que o número chegaria a 40 milhões no fim de 2014, o que não se concretizo­u. A empresa não divulga o número de participan­tes, mas Martins afirma que o resultado ficou muito abaixo da projeção inicial. Uma das barreiras é o desconheci­mento. No Brasil, o ingresso no Cadastro Positivo não é automático. Muitos não sabem que é preciso dar uma autorizaçã­o de divulgação de suas informaçõe­s para um dos administra­dores dos bancos de dados, como Serasa Experian, SPC Brasil e Boa Vista. Entre os benefícios do cadastro positivo está o maior poder de barganha do consumidor na hora de negociar o crédito, conseguind­o juros menores, prazos mais adequados ou mais recursos, vantagens interessan­tes em época de taxa de juro alta e crédito restrito.

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