PF conclui inquérito sobre construtora
INDICIAMENTOS Nove pessoas foram indiciadas ontem pela Polícia Federal (PF) no inquérito da 14ª fase da Operação Lava Jato, relacionado à construtora Andrade Gutierrez. Entre elas, está o presidente da empreiteira, Otávio Marques de Azevedo. Os crimes citados no inquérito são contra a ordem econômica, corrupção ativa e lavagem de dinheiro e fraude à licitação. O relatório das investigações é assinado pelo delegado da PF Eduardo Mauat da Silva, que, no documento, afirma que novas provas poderão ser anexadas ao inquérito com a continuidade das investigações e tomada de novos depoimentos. Por meio de nota enviada à imprensa, a empreiteira Andrade Gutierrez informou que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Lava Jato. A nota relata que a empresa sempre esteve à disposição das autoridades para colaborar com as investigações para esclarecer as dúvidas. "A empresa reitera que nunca participou de formação de cartel ou fraude em licitações, assim como nunca fez qualquer tipo de pagamento indevido a quem quer que seja. Reafirma ainda que não existem fundamentos ou prova que justifiquem a prisão e o indiciamento de seus executivos e ex-executivos", diz um trecho do texto. A Operação Lava Jato investiga corrupção e desvio de dinheiro da Petrobras. A primeira fase da operação ocorreu em março do ano passado, com a prisão do doleiro Alberto Youssef, considerado o cabeça do esquema de corrupção na estatal. A Operação, atualmente está na sua 15ª fase e atinge a políticos de vários partidos, incluindo, entre eles, o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, Mário Negromonte, que foi Ministro das Cidades do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff indicado pelo PP. O Ministério Público Federal vai analisar o indiciamento da PF para oferecer ou não denúncia à Justiça Federal. Se houver denúncia e o juiz federal Sérgio Moro aceitá-la, os denunciados passarão a ser réus. Moro é responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.