Remada na crise
Canoagem slalom supera crise hídrica e conquista cinco medalhas
Em toda crise uns choram e outros vendem lenços. Adaptada ao esporte, a máxima cabe bem à nossa equipe de canoagem slalom que disputa o Pan. As cinco medalhas conquistadas ontem em Toronto - um ouro, três pratas e um bronze - mostraram que nossos remadores sabem “vender lenços”.
Acredite. A crise hídrica que assola o país influenciou decisivamente nas conquistas. É o que acredita a mato-grossense Ana Sátila, 19 anos, campeã da prova de canoa (C1) e prata no caiaque (K1). A falta de chuvas, disse, obrigou o grupo a remar em outras águas.
“Como não choveu, o canal que a gente treina ficou sem água. A solução foi viajar para fora do país. Curiosamente foi melhor assim. Ajudou muito, tivemos experiência internacional, competimos com atletas de alto nível, conhecemos pistas novas. Foi até melhor”, contou ao globoesporte.com.
PÓDIO Além das duas medalhas de Ana Sátila, o país ainda subiu ao pódio três vezes. Pedro Gonçalves foi prata no caiaque (K1), Charles Correa e Anderson Oliveira foram prata na canoa para duas pessoas (C2) e Felipe Borges foi bronze na canoa (C1). “A gente buscou uma alternativa. Ficamos na Austrália, na Europa e suprimos a falta de água”, disse o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCA), João Tomazini.