Correio da Bahia

Gratuidade para policiais em ônibus é suspensa a partir de hoje

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TRANSPORTE Policiais civis e militares terão que pagar passagem para andar de ônibus em Salvador a partir de hoje, quando passa a valer decisão do Tribunal de Justiça (TJ-BA) anulando 10.376 mil cartões de gratuidade. Apenas duplas de PMs ou investigad­ores, desde que fardados e devidament­e identifica­dos, vão ter acesso ao transporte coletivo de forma gratuita. Ontem, no final da tarde, a Procurador­ia-Geral do Estado (PGE) informou, em nota, que estuda uma forma de reverter a decisão. “As medidas visam assegurar o benefício aos policiais e garantir a segurança da população”, diz a nota. Não foram informadas quais medidas judiciais a PGE pretende adotar. O cancelamen­to dos cartões de gratuidade foi divulgado, na última sexta-feira, pelo Setps (sindicato que representa as empresas de ônibus). Com a mudança, volta o modelo de transporte anterior a 2003: quando a gratuidade era condiciona­da à farda e limitada a dois PMs por coletivo. A concessão, a partir de 2003, foi condiciona­da ao pagamento da tarifa pelo governo do estado. No entanto, segundo o Setps, não houve repasse. Segundo o sindicato, a gratuidade custa às empresas R$ 3 milhões mensalment­e — o cálculo é baseado na estimativa de um milhão de viagens por mês. A decisão vai atingir 10.376 mil policiais, sendo 8.457 PMs e 1.919 agentes da Polícia Civil, que tinham o cartão de passe livre. De acordo com o TJ-BA, a ação foi julgada no dia 10 de fevereiro, mas no dia 13 de julho o estado recorreu. O processo corria em 2º grau e pode ser encaminhad­o ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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