PM coloca ônibus para transportar tropa após fim de gratuidade
SEM PASSE LIVRE A Polícia Militar disponibilizou ontem 22 veículos, entre vans e ônibus, para atender à tropa que utilizava o transporte coletivo para se deslocar até o trabalho em Salvador. A medida foi adotada no primeiro dia após a suspensão pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) de 10.376 cartões de gratuidade de policiais — 8.475 PMs e 1.919 agentes da Polícia Civil. Os ônibus que atendem aos PMs farão dois roteiros fixos: partindo das estações Mussurunga e Pirajá, sempre a partir das 6h e das 18h, e passando por regiões como orla, Suburbana, Cajazeiras, Avenida Paralela, Comércio e Lapa. Todos os veículos são da própria corporação. Capitão Bruno Ra- mos, porta-voz da PM, afirmou que esta é uma “medida paliativa que será revista após definição do governo ou da Justiça”. Já a Polícia Civil informou que não adotará nenhuma medida, uma vez que os policiais já recebem o benefício do auxílio-transporte. O cancelamento dos cartões de gratuidade foi divulgado, na última sexta-feira, pelo Setps (sindicato que representa as empresas de ônibus). Com a mudança, volta o modelo de transporte anterior a 2003: acesso liberado apenas para policiais fardados, com limite de dois PMs por coletivo. A concessão, a partir de 2003, foi condicionada ao pagamento da tarifa pelo governo do estado. No entanto, segundo o Setps, não houve re- passe. De acordo com o sindicato, a gratuidade custa às empresas R$ 3 milhões mensalmente. Anteontem, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) informou que está “adotando todas as medidas cabíveis” para reverter a decisão que suspendeu a gratuidade dos policiais nos ônibus da capital. Segundo nota da PGE, as medidas são para assegurar a manutenção do benefício aos policiais e “garantir a segurança da população”. Segundo o Setps, desde o dia 13 de julho tanto a Secretaria da Segurança Pública (SSP) quanto o Comando-Geral da PM e os sindicatos das duas categorias foram informados do fim da gratuidade para os policiais nos ônibus de Salvador.