Correio da Bahia

Chineses avaliam Fiol como alternativ­a à Bioceânica

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FERROVIA Depois de ser ignorada pelo governo no pacote de concessões anunciado no mês passado, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que está em construção na Bahia, passou a ser analisada como alternativ­a para viabilizar o traçado da chamada Ferrovia Bioceânica, projeto previsto para cortar o Brasil e o Peru, ligando Atlântico e Pacífico. Segundo a Agência Estado, os chineses, principais interessad­os no projeto, pediram informaçõe­s à estatal federal Valec sobre a construção da Fiol, seu traçado e previsão de ligação com a Ferrovia Norte-Sul. Com 1.527 km de extensão, a Fiol está desenhada para sair de Figueirópo­lis (TO), por onde já passa a Norte-Sul, e avançar pela Bahia até Ilhéus. A avaliação é de que essa rota poderia substituir o plano de uma nova linha na região Sudeste, cortando Minas e o Estado do Rio, até chegar ao Porto do Açu. Há uma diferença crucial entre a Fiol e o traçado da região Sudeste: a ferrovia baiana é uma obra real, um projeto que já consumiu R$ 3 bilhões dos cofres públicos. O problema é que, hoje, a ferrovia da Bahia está com sua viabilidad­e em xeque, por conta da crise econômica internacio­nal, que jogou na lona o preço do minério de ferro, principal produto a ser escoado pela ferrovia. Iniciada em 2010, a Fiol, alem do minério de ferro, transporta­ria a produção agropecuár­ia do Tocantins, hoje o segundo maior produtor de algodão do país. Prevista para ser concluída em julho de 2013, a Fiol enfrenta hoje a redução no ritmo de obras

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