Correio da Bahia

Doméstica é condenada a indenizar antiga patroa

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PORTO ALEGRE Uma empregada doméstica de Porto Alegre foi condenada a indenizar em R$ 3.447, por danos morais, sua antiga patroa. A decisão ocorreu depois de a trabalhado­ra ter inventado, segundo a Justiça, um grave acidente com seu filho para faltar ao trabalho, conseguido adiantamen­tos salariais e cobrado direitos trabalhist­as indevidame­nte em ação judicial. Pela sentença, a empregada ainda terá de pagar uma multa de 1% do valor da causa (R$ 4 mil) por litigância de má-fé e os honorários advocatíci­os fixados em 15% do valor bruto da condenação. Os advogados não quiseram comentar o caso. A empregador­a, Lúcia de Fátima Cerveira, que é desembarga­dora do Tribunal de Justiça, apresen- tou como prova no processo as trocas de mensagens que manteve pelo celular com sua empregada. Nelas, Ângela Maria dos Santos Oliveira afirma que seu filho sofrera traumatism­o craniano. Dois dias depois, ela conseguiu um adiantamen­to de R$ 500. A empregada pediu demissão por escrito cerca de dois meses, alegando que o filho seria transferid­o para Santa Maria e teria de acompanhá-lo. O contrato durou de fevereiro a novembro de 2014. Depois desse período, Ângela pediu por duas vezes na Justiça o pagamento de direitos trabalhist­as. A desembarga­dora desconfiou da empregada quando ela disse que uma ambulância de Santa Maria iria buscar seu filho em Porto Alegre. Com alguns telefonema­s, teve certeza da mentira. Na decisão, o desembarga­dor Marçal Figueiredo afirma que, “[Ângela] se valeu do processo judicial para obter um fim indevido, pois por certo que sabia que, em decorrênci­a do grande número de faltas ao trabalho, não tinha direito ao pagamento de verbas rescisória­s”.

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