Brasileiro cresceu em 100 anos, mas ainda é ‘baixinho’, diz estudo
PESQUISA CIENTÍFICA Quando o assunto é altura, o homem da Holanda e a mulher da Letônia estão literalmente no topo do ranking, aponta um novo estudo divulgado ontem pela BBC, com base em pesquisa da revista científica eLife. O holandês médio tem hoje 1,83 m e a mulher letã alcança 1,70 m. A publicação mapeou tendências de crescimento em 187 países desde 1914. E descobriu que o homem do Irã e a mulher da Coreia do Sul registraram o maior salto na altura, crescendo uma média de 16 cm e 20 cm. Entre os homens, o Brasil é o 68º colocado em altura – acima de nações como Portugal, México e Chile, e abaixo de Romênia, Argentina e Jamaica. A mulher brasileira alcançou a 71ª posição, mais alta do que a mulher turca, argentina ou chinesa, e mais baixa do que as espanholas, israelenses e inglesas. Nos Estados Unidos, a altura dos cidadãos começou a atingir um limite nos anos 1960 e 1970. Ao longo do último século, homens e mulheres cresceram apenas 6 cm e 5 cm, respectivamente. Em 1914, o homem americano era o terceiro mais alto do mun- do, e a mulher, a quarta mais alta. Hoje, eles estão em 37º e 42º lugar. Países europeus dominam os rankings de altura hoje, mas os dados sugerem que, em geral, as tendências de crescimento se estabilizaram no Ocidente. O homem mais baixo do mundo é o do Timor Leste: 1,60 m. A mulher mais baixa é a da Guatemala, título que também ostentava em 1914. Segundo os dados da pesquisa, a guatemalteca média de 18 anos tinha 1,40 m há um século, e hoje ela ainda quase não alcança 1,50 m. O leste da Ásia registrou os maiores crescimentos. Pessoas no Japão, China e Coreia do Sul são bem mais altas do que eram há 100 anos. “Já as partes do mundo onde pessoas não ficaram particularmente mais altas ao longo de 100 anos de análise estão no sul da Ásia (como Índia, Paquistão e Bangladesh) e na África subsaariana. O aumento de altura ficou entre 1 cm a 6 cm nessas regiões”, disse o coautor do estudo James Bentham, do Imperial College de Londres. A genética e questões ambientais explicam a variação, aponta o estudo da eLife.