Hillary é a primeira mulher candidata nos EUA
DISPUTA PRESIDENCIAL A ex-secretária de Estado e ex-primeira dama Hillary Clinton tornou-se ontem a primeira mulher candidata à Presidência dos Estados Unidos por um grande partido. A oficialização da candidatura de Hillary foi feita no segundo dia da convenção nacional do Partido Democrata, no Centro Well Fargo, em Filadélfia, estado da Pensilvânia. Em votação nominal, os democratas asseguraram a escolha de Hillary Clinton antes do fim da contagem, quando a candidata atingiu o apoio de 2.383 delegados, que é o mínimo necessário para um candidato ser nomeado pela convenção. Ao longo da campanha, Hillary Clinton obteve o apoio de 2.807 votantes e foi com esse número que ela chegou à convenção como favorita, sendo, inclusive, apoiada pelo seu principal rival Bernie Sanders. Mas, durante a convenção, esse apoio chegou a ser questionado depois que um setor do partido, que apoia Bernie Sanders, ameaçou desafiá-la. No primeiro dia da convenção, esse setor chegou inclusive a vaiar a pré-candidata Hillary cada vez que seu nome era mencionado, mesmo quando era elogiado por Bernie Sanders. O comportamento desses convencionais que se opuseram a Hillary chegou a preocupar a direção do Partido Democrata, que passou a apostar no discurso do ex-presidente Bill Clinton, e marido de Hillary, como forma de acalmar os ânimos. Em meio à divisão no partido, a atual primeira-dama, Michelle Obama, surgiu como divisor de águas a favor de Hillary. Ela foi a única a discursar sem ser interrompida por vaias. Firme, defendeu o nome da ex-secretária de Estado. “Os desafios que um presidente enfrenta não são preto ou branco e não podem ser reduzidos a 140 caracte- res”, disse, alfinetando Trump, o tuiteiro frenético. Quem suceder seu marido na Casa Branca comandará as Forças Armadas e os botões do arsenal nuclear, afirmou. Lembrou, em seguida, que todo dia acorda “num lar construído por escravos”, a Casa Branca, onde atualmente moram as suas “duas filhas lindas e negras”.