Engenheiro se fere ao ser atingido por placa que isola obra do metrô

SÃO CRISTÓVÃO O engenheiro Wilson Júnior, 33 anos, ficou gravemente ferido em um acidente de moto na noite de anteontem, na Avenida Carybé, no bairro de São Cristóvão. Segundo amigos e familiares da vítima, um tapume da obra do metrô se soltou e acabou atingindo o engenheiro. O acidente aconteceu por volta das 22h. Wilson foi socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE). Ele sofreu fraturas nos dois pés - sendo uma delas exposta - e escoriações por todo o corpo. Na manhã de ontem, o engenheiro foi transferido para o Hospital São Rafael. Segundo familiares, ele está internado na Unidade de Tratamento Semi-intensiva, e o quadro de saúde é estável. Foi necessário colocar haste metálica no pé direito e uma tala no esquerdo. Por conta do acidente, a Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) embargou o trecho da obra no final da manhã de ontem. O órgão informou que o impedimento foi feito para que a empresa responsável pela obra, a CCR Metrô Bahia, apresente um laudo técnico sobre o caso. Amigos da vítima disseram que voltavam de um encontro de motos quando ocorreu o acidente. “Foi muito rápido. Em poucos segundos, ele (Wilson) tinha perdido o controle da moto e estava no meio da pista. A moto seguiu sem controle até o canteiro de obras onde teve perda total”, contou um amigo, que preferiu não se identificar. Em nota, a CCR Metrô Bahia e o Consórcio Mobilidade Bahia informaram que o embargo definido pela Sucom no canteiro da Avenida Paralela é restrito a uma área de 10 por 50 metros, para que o local onde ocorreu o acidente seja preservado até o esclarecimento das circunstâncias. As obras de construção da Linha 2 continuam em andamento. A CCR e o consórcio informaram ainda que estão colaborando com as autoridades na apuração das causas do acidente. Em junho passado, a empresa já tinha sido notificada e autuada pelo mesmo motivo. Na época, placas que protegem o canteiro central, onde é realizada a obra do metrô, se desprenderam e ficaram espalhadas pela avenida, causando riscos a motoristas que circulavam na via.