Correio da Bahia

Subúrbio ganhará marina de R$ 35 mi com serviços, lazer e comércio

- Thais Borges thais.borges@redebahia.com.br

A entrada da antiga fábrica de óleo de mamona Bom Brasil, na Rua Voluntário­s da Pátria, no Lobato, esconde parte da vista para a Baía de Todos os Santos. Mas, em breve, a paisagem deve mudar radicalmen­te: ali, bem em frente à linha dos trens do Subúrbio, será implantado o novo complexo náutico de Salvador, com direito a marina de serviços e lazer e empreendim­ento comercial e residencia­l.

O anúncio da implantaçã­o do Complexo Turístico Marina de Todos os Santos, com investimen­to previsto de R$ 35 milhões, foi feito ontem, após a assinatura de um memorando de intenções entre a prefeitura e os investidor­es da Todos os Santos Empreendim­entos Imobiliári­os Ltda., pelo prefeito ACM Neto e o presidente da empresa, Luiz Antonio Sampaio, no Palácio Thomé de Souza. O complexo ficará em uma área com 134 mil² na orla do Lobato – bem onde funcionava a fábrica, cujo terreno foi vendido ao grupo.

Na prática, a assinatura significa que os investidor­es vão levar o projeto em frente e que a prefeitura se compromete a ajudar com os procedimen­tos administra­tivos. A empresa, na verdade, é resultado de um fundo de investimen­tos internacio­nal – que atua em marinas fora do Brasil, em países como a Turquia. Por aqui, a promessa é que o complexo movimente a economia náutica da cidade, em especial na região do Subúrbio. Serão gerados cerca de 350 empregos diretos e diretos.

“A ideia foi colocar para vingar um plano náutico cultural e turístico na cidade. O mercado náutico em Salvador é muito carente de vagas para barco. O pessoal viaja 1 hora, 1 hora e meia para Aratu e as marinas lá também estão lotadas. Aqui já tem uma marina que é uma das melhores do Brasil, mas que não consegue ter lugar para todos”, afirmou Sampaio, referindo-se à Bahia Marina.

Segundo Neto, a prefeitura criou uma força-tarefa para ajudar a viabilizar o empreendim­ento quanto a questões burocrátic­as, como as licenças municipais necessária­s para a construção. “Me permitam dizer que, desde a inauguraçã­o da Bahia Marina (em 1999), não há nada relevante que tenha sido feito para a economia náutica na baía. É um projeto que não apenas assegura um número de vagas para barcos na cidade, mas que terá uma importânci­a muito grande para uma região que tem recebido atenção do poder público, mas ainda tem uma carência de atividade econômica”, disse o prefeito, sobre o Subúrbio. ACM Neto ainda afirmou que Salvador tem interesse em um diálogo com as outras cidades da baía.

VAGAS SECAS A construção do complexo será feita em duas etapas. A primeira, no início de 2017, deve ocu- par os quatro galpões que já existem no local. Nesse período, que deve durar pelo menos cinco meses, serão disponibil­izadas 178 vagas “secas” para barcos e lanchas – fora do mar.

Já na segunda fase, o número de vagas secas passará a ser de 500, além de outras 50 no píer. Em terra, os galpões antigos serão demolidos para dar lugar a construçõe­s de três andares, onde será possível empilhar os barcos. De acordo com um dos diretores da empresa, Walter Arruda, o perfil da Marina de Todos os Santos será diferente da Bahia Marina, nesse aspecto.

“O principal será a vaga seca. Vai ter a vaga molhada, óbvio, mas o foco é a seca. Na Bahia Marina, eles têm um núme-

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Novo complexo náutico vai oferecer centenas de vagas secas, ou seja, fora do mar, para barcos e lanchas

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