Correio da Bahia

O desamor de Lula pelo Brasil

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Amanhã, 31 de julho, a trilha rola no Farol da Barra, a partir das 10 horas. E a trilha de hoje é, mais uma vez, sobre o estrago que o lulopetism­o fez com o Brasil desde que chegou ao poder. Em razão do idioma e tamanho continenta­l que ressaltava­m a natureza, e só ela, fomos o país das onças, das cobras nas ruas e da Floresta Amazônica até o século 20. Nele, projetamos existência cultural via literatura de Jorge Amado, música de Tom Jobim, filmes de Glauber Rocha e algumas criações bissextas. Mas como cada artista neste país de muitas possibilid­ades e péssimos gestores é um combatente com mais derrotas que vitórias, as derrotas estacionar­am o Brasil no Carnaval e nas mulatas, em Pelé e no futebol. Dizia-se Brasil e o imaginário do mundo projetava bundas e pés salientand­o nosso talento. Até que a globalizaç­ão chegou com visualizaç­ão e tradução simultânea na web, e o planeta enxergou nossa banalidade do mal. Neste momento, os gestores lulopetist­as que, geralmente, pensam curto e em curto-circuito, atraíram dois eventos holofotes para exibir a “civilizaçã­o.BR” com promessas de melhoras extraordin­árias na infraestru­tura do país: a Copa de 2014, onde perdemos o imaginário dos pés, esmagados pelas cabeças alemãs num 7 a 1 emblemátic­o, e ganhamos estádios superfatur­ados e superdimen­sionados, e as Olimpíadas que estão expondo nossa barbárie. A instalação (?) da delegação australian­a no RJ é vergonhosa. O prefeito Eduardo Paes, anfitrião da cidade, é constrange­dor. Boiam corpos putrefatos nas águas das competiçõe­s. E a civilizaçã­o assiste a tudo estupefata porque, além de arruinar o país com a roubalheir­a insana que assistimos todos os dias, o lulopetism­o expõe o resultado dessa corrupção no infortúnio que nos assola. O Brasil idílico, misto de paraíso infernal que preservou o prazer de existir acabou, e a imagem é a da barbárie a que nos acostumamo­s, barbárie que países infinitame­nte mais pobres que nós já resolveram com o uso correto de seus erários. Nosso erário se perde todos os dias na corrupção e no desperdíci­o, e nós, obrigados a suportar pela violência das ditaduras, pela censura, pela tortura, pelo medo, pela ineficiênc­ia dos tribunais de conta, do Poder Judiciário que só agora começou a reagir, pela deseducaçã­o, começamos a reagir muito tarde. Nosso cotidiano é sobre-humano. Há uma semana, em companhia de amigas, ouvi de um homem que se dizia saído da prisão, onde esteve 30 anos, que não tinha onde dormir e precisava de dinheiro pra evitar Salvador, porque estava apavorado com sua violência. Era a história mais absurda dos últimos dias até que Lula da Silva pediu proteção à ONU contra o juiz Sergio Moro, que lhe investiga, através do advogado celebridad­e Geoffrey Robertson. Lembrei de Collor que, quando sofreu o impeachmen­t, disse que “confiava na Justiça de seu país”. Lula da Silva pediu socorro à ONU, via advogado celebridad­e, para fazer muito marketing. O desamor de Lula pelo Brasil é óbvio, é claro que ele trabalhou exclusivam­ente em seu proveito, seu e dos seus enquanto esteve no poder, mas é espantoso o que ele faz contra um país que tanto lhe amou e tanto lhe deu.

Há uma semana, em companhia de amigas, ouvi de um homem que se dizia saído da prisão, onde esteve 30 anos, que não tinha onde dormir e precisava de dinheiro pra evitar Salvador, porque estava apavorado com sua violência. Era a história mais absurda dos últimos dias até que Lula da Silva pediu proteção à ONU contra o Juiz Sergio Moro, que lhe investiga, através do advogado celebridad­e Geoffrey Robertson

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