Correio da Bahia

Regime de previdênci­a dos militares também vai mudar

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O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi questionad­o ontem se a proposta da reforma da previdênci­a inclui mudanças no regime dos militares. Padilha respondeu que, nesse caso, há um regime próprio na Constituiç­ão, mas que os militares “já verbalizar­am que querem, sim, caminhar rumo as regras gerais também, em que pese eles sejam absolutame­nte diferentes pela Constituiç­ão”.

“Eu não digo que seja uma injustiça, acho que nós temos que fazer com que caminhe para as regras gerais, em que pese as condições de militar. O militar é completame­nte diferente, ele fica na ativa e depois vai pra reserva e continua à disposição do Estado”, disse, reforçando que alguns benefícios que configuram direito adquirido é cláusula pétrea e não serão retirados na reforma em análise pelo governo federal.

Quem também defendeu a mudança no regime previ- denciário dos militares foi o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Na última terça-feira (27/9), em discurso para uma plateia repleta de militares durante a abertura da 4ª Mostra da Base Industrial de Defesa (BID), ele foi veemente ao falar da importânci­a da aprovação da reforma da Previdênci­a. Ao final da cerimônia, voltou a defender a reforma na Previdênci­a, inclusive dos militares, mas ressaltou: “Mantidas as especifici­dades, todos têm de dar sua contribuiç­ão”.

O ministro não falou, mas o governo quer elevar de 30 para 35 anos o tempo de serviço ativo dos militares. Estuda-se até mesmo o fim da quota compulsóri­a, medida que obriga o militar, quando chega a determinad­a idade, a ir para a reserva, como meio de garantir a renovação das Forças Armadas. Existem estudos até mesmo para ajustes em pensões para reduzir o déficit no setor.

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