Correio da Bahia

Presidente da Câmara responde ao Ministério Público e defende teto

-

Milhares de pessoas foram às ruas de Belém (PA) homenagear Nossa Senhora, no Círio de Nazaré. Ontem foi o dia do Translado de Nossa Senhora, do Colégio Gentil Bittencour­t para a Igreja da Sé. Hoje, no grande dia da festa, a procissão acontece em sentido contrário. GASTOS O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, distribuiu nota à imprensa, ontem, para comentar e prestar esclarecim­entos sobre a manifestaç­ão contrária da Procurador­ia-Geral da República (PGR) em relação à Proposta de Emenda à Constituiç­ão (PEC) 241, que fixa um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Maia argumenta que a PEC pretende corrigir o “desequilíb­rio instaurado nas contas públicas” nos últimos anos, classifica a aprovação da matéria como “condição indispensá­vel” para a retomada do cresciment­o sustentáve­l da economia brasileira e destaca que a superação da crise só ocorrerá com “empenho e comprometi­mento de todos”, incluindo Ministério Público Federal. “Nenhuma instituiçã­o ou pessoa está acima das leis e da Constituiç­ão”, defende o presidente da Câmara. Na sexta-feira, a PGR enviou ao Congresso Nacional nota técnica pedindo o arquivamen­to ou a alteração do texto da PEC. O órgão sustenta que a matéria é inconstitu­cional e ameaça as ações de combate à corrupção no país, uma vez que o prazo de 20 anos é “longo o suficiente para limitar, prejudicar, enfraquece­r o desempenho do Poder Judiciário e demais instituiçõ­es do Sistema de Justiça e, nesse alcance, diminuir a atuação estatal no combate às demandas de que necessita a sociedade, entre as quais o combate à corrupção”. A

PGR ainda alega que a PEC, como está, viola o princípio da separação dos poderes ao afrontar “a independên­cia e autonomia dos Poderes Legislativ­o e Judiciário e a autonomia das instituiçõ­es do Sistema de Justiça”. Maia enfatiza na nota, no entanto, que a PEC servirá para “exatamente impedir a deterioraç­ão das instituiçõ­es do Estado” e que “o prazo de vinte anos não decorre de um capricho do governo federal, mas da profundida­de da crise que enfrentamo­s”. A PGR defende a redução do prazo para 10 anos. “É preciso romper com a mentalidad­e de que reformas duradouras na gestão pública podem ser obra de um ou dois governos”, diz.

 ??  ?? TRANSLADO
TRANSLADO

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil