Redução ajuda no combate à inflação
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem que a redução de preços da Petrobras em suas refinarias é favorável para o combate à inflação, mas que o reflexo no preço aos consumidores será decidido pela empresa, e não pelo governo. Meirelles enfatizou que a estatal é uma empresa autônoma.
“Os preços de gasolina, de óleo diesel etc. deixaram de ser definidos pelo Executivo, tendo em vista alguns objetivos outros de política econômica. O importante agora é que a Petrobras fixe seus preços e não há dúvida que, nesse caso específico, é favorável do ponto de vista da inflação”, falou. “Mas isso é uma decisão clara da Petrobras, autônoma. É uma das características mais importantes agora dessa política econômica, que é respeitar a realidade”, completou.
O ministro da Fazenda disse ainda que Petrobras tem que seguir tendo responsabilidade com seus acionistas e com o país, no sentido de ser uma empresa viável, que cumpre com suas obrigações, entre elas a de exploração e refino de petróleo em circunstâncias adequadas. A expectativa é que, com a redução nos preços, haja impactos positivos nos índices de inflação e, consequentemente, nos juros. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir os juros básicos, um dos instrumentos do Banco Central de combate a inflação.