Correio da Bahia

Economia acumula queda de quase 5% no ano, aponta Banco Central

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ATIVIDADE ECONÔMICA Sintoma da crise, a atividade econômica no Brasil voltou aos níveis vistos entre o fim de 2009 e o início de 2010, quando o país ainda sofria com os efeitos mais diretos da turbulênci­a global de 2008. Dados do Banco Central divulgados ontem mostraram que, apenas em agosto, a atividade recuou 0,91% em relação a julho. No acumulado do ano, a retração já chega a 4,98%. Os números fazem parte do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), um indicador usado para avaliar o ritmo da economia brasileira e que serve como uma espécie de prévia para o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo IBGE. Em agosto, o IBC-Br atingiu 132,78 pontos na série com ajustes sazonais, pior resultado desde dezembro de 2009, quando marcou 131,22 pontos. Naquela época, o governo lutava para reduzir os efeitos da crise global sobre a economia. Agora, tenta reverter a recessão que se prolonga desde o início de 2015. Os números revelam ainda a dificuldad­e do governo em promover a retomada, de forma sustentáve­l, da atividade no país, mesmo com a nova equipe econômica. Desde que Michel Temer assumiu a Presidênci­a, em maio, o IBC-Br teve resultado positivo apenas em junho (+0,27% ante maio), consideran­do a série ajustada. Em julho, houve queda (-0,18%) e em agosto também (-0,91%). Até recentemen­te, a expectativ­a de vários economista­s do mercado financeiro era de que a economia pudesse reacelerar entre o fim deste ano e o começo do ano que vem. Alguns citavam, inclusive, a possibilid­ade de um PIB trimestral positivo já no último trimestre de 2016, o que tornaria mais provável um cresciment­o de 1,6% em 2017, como considera o Ministério da Fazenda.

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