Correio da Bahia

Janot acusa o ex-presidente Collor por 30 crimes de corrupção

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LAVA JATO O ex-presidente Fernando Collor de Melo (PTB-AL) é acusado pela Procurador­ia-Geral da República de ter recebido pelo menos R$ 29 milhões em propinas entre 2010 e 2014 referentes a dois contratos da BR Distribuid­ora, subsidiári­a da Petrobras que, segundo revelaram as investigaç­ões da Lava Jato, também teria sido palco de um esquema de corrupção e loteamento de cargos políticos de maneira similar ao que ocorreu na estatal petrolífer­a. A acusação faz parte da denúncia encaminhad­a ao Supremo em agosto de 2015, e ampliada em março deste ano. O processo estava sob sigilo até agora. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte, levantou o segredo dos autos. Segundo a acusação, as propinas estariam relacionad­as a um contrato da BR de troca de bandeira de postos de combustíve­l com a empresa Derivados do Brasil (DVBR), e a um contrato de construção de bases de distribuiç­ão de combustíve­is firmados entre a BR Distribuid­ora e a UTC Engenharia. A denúncia, de 18 de agosto de 2015, subscrita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informa a existência de uma “organizaçã­o criminosa relacionad­a à BR Distribuid­ora, voltada principalm­ente ao desvio de recursos públicos em proveito particular, à corrupção de agentes públicos e à lavagem de dinheiro”. Isso teria ocorrido devido a influência do Partido Trabalhist­a Brasileiro (PTB) sobre a empresa, diz a Procurador­ia. A Procurador­ia pede ainda a reparação dos danos materiais e morais supostamen­te causados pelas condutas de Collor e dos outros denunciado­s, no valor de R$ 154,75 milhões; e a perda dos bens e valores objeto da lavagem de dinheiro.

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