França avisa que até 1 milhão de pessoas devem fugir de Mossul
ESTADO ISLÂMICO O ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, alertou que até um milhão de pessoas podem tentar fugir da cidade iraquiana de Mossul e afirmou que as autoridades devem checar todas as pessoas para garantir que extremistas do Estado Islâmico não estejam se escondendo entre os civis. Ayrault também expressou que a grande operação em Mossul é apenas um passo da campanha contra o Estado Islâmico, e que a comunidade internacional deve pensar sobre o “próximo passo”, no caso, a base do Estado Islâmico em Rakka, na Síria.
As forças especiais do Iraque anunciaram ontem ter retomado das mãos do Estado Islâmico (EI) a cidade de Bartella, a cerca de 15 quilômetros a leste de Mossul, bastião da facção terrorista no país. Segundo o tenente-general Talib Shaghati, a conquista de Bartella é “importante” para a ofensiva militar para retomar Mossul. Extremistas do EI realizaram atentados com nove carros-bomba para tentar frear o avanço das autoridades sobre Bartella. Uma das explosões atingiu um veículo do Exército iraquiano e cinco soldados ficaram feridos nos ataques. A conquista de Bartella marcou a entrada definitiva das forças especiais iraquianas na batalha por Mossul. A cidade que tem cerca de 1,5 milhão de habitantes é a segunda maior do país. O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, disse ontem que a batalha para expulsar o EI de Mossul está avançando “mais rápido do que o esperado”. Iniciada há quatro dias, a operação para retomar Mossul deve durar semanas ou meses. As Nações Unidas e agências humanitárias receiam que a batalha agrave a crise humanitária na região, deixando milhares de civis vulneráveis a deslocamentos forçados.